Momento Espírita
Curitiba, 27 de Abril de 2024
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ícone Por que não O reconhecemos?

Foram tantos os sinais. Grandiosos. Mas não lhes demos atenção.

Muitos séculos antes foi predita a Sua vinda. Ele foi cantado pelos poetas do Velho Testamento, aguardado por um povo exausto de escravidão, de desmandos e injustiças.

Ele chegou, no silêncio de uma noite, talvez madrugada. O local era uma gruta, lugar que fora ofertado por quem se condoera ao ver aquele casal singular: um homem preocupado, uma jovem em dias finais de gestação.

A Divindade enviou um coro celeste para o grande anúncio do nascimento para os corações simples dos pastores, no campo. Eles ouviram e entenderam: o Pastor de todas as ovelhas nascera, ali próximo.

O Pai Celeste enviou ainda uma caravana de seres angélicos, que brilharam intensamente, formando uma estrela de brilho inigualável.

Os habituados a olhar o céu, contando estrelas, observando o brilho dos astros, entenderam a mensagem: o Rei chegara.

E homens sábios, vindos de diversas partes do Oriente, foram até o menino, levando-lhe presentes, que afirmavam Sua realeza, Sua missão, Seu sacrifício: ouro, incenso e mirra.

Era o reconhecimento de que o Governador Planetário chegara para implantar o reino dos céus nos domínios da Terra.

Foi apresentado ao templo, em Jerusalém, pelos Seus pais, para que Sua presença ficasse registrada: nascera mais um hebreu.

Não um simples hebreu, mas um filho de David, reconhecido pela profetisa Ana e pelo velho Simeão, que O aguardava, para depois, conforme suas próprias palavras, poder partir para o Além.

Na adolescência, surpreendeu os doutores da lei com Seu conhecimento invulgar. Por quase três dias esteve entre eles, falando das coisas dos céus e da Terra.

Como não reconheceram nEle a grandiosidade do Espírito, um Ser que exalava sabedoria e bom senso, que sabia falar de tudo, com as palavras precisas?

Como puderam deixar que Aquele Menino se fosse, levado pelos pais, para uma região distante, não desejando saber para onde fora, o que aconteceria com Ele, o que Ele faria?

Chegado o início do Seu Messianato, foi ao rio Jordão e, para que pudesse ter muitas testemunhas, no cumprimento das escrituras, submeteu-se ao batismo de João, embora ele não o quisesse realizar, por ter a exata ideia de quão grande era Aquele personagem.

Era o Messias. O Ungido. O Enviado.

No entanto, o diálogo entre o Mestre e Seu arauto, os fenômenos de voz direta, nada disso foi percebido pelo povo que ali estava.

Retornando a Nazaré, foi à sinagoga, tomou os escritos de Isaías e leu: O espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração; a pregar liberdade aos cativos, e restauração da vista aos cegos. A pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.

Fechou os rolos, sentou-se e afirmou:  Hoje se cumpriu esta escritura em vossos ouvidos.

E não O reconhecemos.

Hoje, passados os séculos, tantos de nós nos questionamos se Ele terá mesmo existido, se era tão grande assim, se prossegue conosco, se...

Quando abriremos os ouvidos da alma? Quando nos renderemos à grandiosidade do Seu amor?

Redação do Momento Espírita
Em 22.2.2024
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