Momento Espírita
Curitiba, 28 de Abril de 2024
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ícone Falando com Deus

A oração é um dos momentos mais sublimes da existência humana.

Em Jesus colhemos o exemplo do hábito da oração. Ele buscava a natureza para essa comunhão com o Pai Celestial. Subiu a um monte, demonstrando que é preciso alçar a alma para alcançar a fonte celeste.

Buscou a orla da praia, um recanto calmo, na noite de estrelas ou no morrer da tarde, assinalando que devemos dedicar alguns momentos diários a essa fala de filho ao Pai.

Ato instintivo da alma, que busca o regaço paterno, ante as profundas dores, ao orarmos, fortalecemos a coragem para o enfrentamento das dificuldades.

Será sempre uma conversa íntima. Por isso a orientação do Mestre de Nazaré de entrarmos em nosso aposento, fechar a porta e orar em secreto.

Esse apelo para ficarmos a sós é uma recomendação mais profunda do que apenas nos isolarmos fisicamente. É um convite a um mergulho para dentro de nós mesmos, calando o alarido do mundo exterior e os murmúrios dos nossos caprichos.

Dessa forma, quando orarmos, busquemos a serenidade interior, em completa entrega a Deus, permitindo que nossos pensamentos, dirigidos pelo coração e pela vontade, sintonizem com as harmonias celestiais.

Num diálogo sem pressa, sem fórmulas específicas, revitalizaremos as energias, renovando-nos para o prosseguimento da jornada, por mais áspera se nos apresente.

Por vezes, a nossa oração será feita em momentos de profunda dor, tendo os espinheiros das aflições a sufocar a tenra flor dos nossos melhores propósitos.

Ainda assim, lembremos que, como não somos perfeitos, nosso mundo, sendo o reflexo da nossa maneira de agir e pensar, também não é perfeito.

Por isso, nenhum de nós está isento da dor, que nos chega como oportunidade para o nosso regresso à senda do bem.

Aceitá-la sem revolta é demonstrar confiança nos desígnios superiores, certos de que a Justiça Divina jamais se engana.

Assim, quando a dor se apresente é porque a hora se faz de ajustarmos enganos passados, erros cometidos em momentos de desatino e incoerência.

Entretanto, se a oração nos constitui uma bênção de auxílio e fortalecimento, lembremos que não basta somente orar.

Precisamos empreender, mesmo que lentamente, a caminhada em direção ao bem.

A tarefa de subir aos céus da perfeição a que estamos todos destinados é de cada um.

Poderemos seguir a sós ou em grupos, acompanhando a marcha dos companheiros mais alertas e mais dispostos do que nós mesmos.

Com certeza, teremos que nos aventurar em novas jornadas de aprendizado e caminhar pelas estradas das provações.

Não raras vezes, teremos que dizer um breve adeus a nossos amores, companheiros de caminhada desde a imensidão das eras, porque a eles compete partir para o Além antes de nós.

Haveremos de os reencontrar, mais cedo ou mais tarde. Eles apenas adiantaram o passo e completaram a sua jornada.

De toda forma, sigamos decididos pela estrada do bem, ao amparo de Jesus, fazendo com que nossos atos, mais do que nossas palavras, sejam uma permanente prece ao Criador.

Redação do Momento Espírita
Em 14.11.2023.

 

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