Momento Espírita
Curitiba, 30 de Abril de 2024
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ícone Libertação

Alguma vez conseguimos entender o sofrimento como um processo de libertação?

Para quem está no instante crítico da dor, isso parece difícil de aceitar. Libertar-se, nesse momento, seria apenas buscar alternativas urgentes de se livrar da aflição.

Ninguém gosta de sofrer. - Comentamos.

No entanto, Jesus nos apresentou novas perspectivas sobre essa questão.

Quando o Mestre reserva metade das bem-aventuranças para prescrever como lidar com o sofrimento, está nos demonstrando, em primeiro lugar, como a questão é importante.

Em segundo lugar, como a Sua é a proposta de explicar e consolar. Acolher a dor e compreender o seu significado.

Jesus aponta para os felizes dias futuros que teremos todos aqueles que soubermos administrar essa questão, em nossos dias.

Quem aprende com a dor, sai moralmente maior pois aquele que sofre com resignação, extrai da experiência todo seu potencial educador.

Por isso, a dor é uma libertação. Libertamo-nos do passado, da ignorância, da ingenuidade e da insensibilidade.

A dor é lição, matéria escolar necessária em nosso processo de amadurecimento espiritual.

A Doutrina Espírita nos fala sobre leis maiores. Sobre um Universo regulado por mecanismos perfeitos que regem tudo, desde o movimento das coisas até a relação dos seres.

Qualquer desequilíbrio que causemos, qualquer infração a essas leis, gera imediatamente um movimento natural de ajuste, de conserto, de dívida. Demos o nome que queiramos.

Adquirir uma dívida é simplesmente assumir um compromisso perante as leis que infringimos.

Se, no mundo imperfeito dos dias atuais, ainda conseguimos escapar utilizando esse ou aquele subterfúgio, na esfera da Perfeição Divina isso não é possível.

Assim, ainda cometemos desatinos. Ainda, propositalmente, prejudicamos o próximo e, como consequência, a nós mesmos.

Toda vez que procedemos dessa forma, a lei nos chama à sua presença educadora e nos diz: Precisamos devolver ao equilíbrio aquilo que foi colocado em desarmonia.

É o momento em que somos inseridos nos métodos de ajustes, de reajustes, de expiações, que nos fazem voltar aos trilhos.

Por isso, quando estamos aqui, no momento agudo de um desses reajustes, nos anos difíceis e afligentes que parecem que não passam nunca, é importante que lembremos da ideia de libertação.

Digamos a nós mesmos:

Estou me libertando. Assumi esse compromisso. Comprometi-me de alguma forma e agora, aceitando com responsabilidade as consequências, aqui estou. Venha o que vier, passarei por tudo procurando aprender.

Isso não quer dizer que será fácil, que não iremos sofrer e que não haverá momentos de profundo desânimo.

Nesses momentos, lembremos que não estamos sozinhos.

Se as aflições são lições duras, que não conseguimos assimilar, podemos contar com inúmeros tutores do bem, que estão prontos a sentar ao nosso lado e dizer: Estou aqui. Vamos lá. O que você não está entendendo? Posso ajudar?

Mantenhamos sempre no coração essa proposta, esse grande propósito de toda grande expiação: libertação.

Firmes, resolutos, caminhemos para nos libertarmos.

Redação do Momento Espírita
Em 24.8.2023.

 

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