Momento Espírita
Curitiba, 27 de Abril de 2024
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ícone Invenção e inventor

Já pensamos em como vivíamos antes da invenção do relógio?

Imaginemos marcar um compromisso:

Quando a sombra daquela árvore alcançar a pedra, nos encontraremos, certo?

Ou então: Quando o sol bater na sua janela, esperarei você na praça da cidade.

A ideia de marcar o tempo é muito antiga. Criamos a ampulheta, o relógio de areia, por volta de 600 a.C.

Em 725 d.C., o monge budista chinês Yi Ching fabricou o primeiro relógio mecânico de que se tem notícia.

Ele funcionava utilizando um conjunto de engrenagens e sessenta baldes de água, correspondentes aos sessenta segundos que compõem um minuto.

Foi em 1500, época das grandes navegações e descobertas que, em Nuremberg, Peter Henlein fabricou o primeiro relógio de bolso da História.

Por seu formato oval e sua procedência, passou a ser conhecido como Ovo de Nuremberg.

Era fabricado inteiramente em ferro, do exterior ao complexo mecanismo interno.

Sua corda durava quarenta horas, confeccionada com pelos de porco, uma espécie de protótipo das molas espirais que seriam comuns anos mais tarde.

O relógio de pulso tem, igualmente, muitas histórias. Alguns atribuem sua invenção ao relojoeiro Abraham Louis Breguet.

Teria sido encomenda da irmã de Napoleão Bonaparte, a princesa de Nápoles, Carolina Murat. Porém, as fontes são escassas e não há como comprovar a veracidade dessa informação.

A hipótese mais aceita é a de que o inventor do relógio de pulso tenha sido o mesmo do avião: o brasileiro Alberto Santos Dumont.

Conta-se que o Pai da Aviação necessitava de uma solução prática para poder cronometrar os seus voos.

Como todo mundo, ele possuía um relógio de bolso preso a uma corrente, mas teve a ideia de encomendar um relógio que pudesse ser preso ao braço, facilitando o controle das horas.

O pedido foi feito ao amigo e famoso relojoeiro Louis Cartier. Em 1904, Cartier lhe entregou o que é considerado, por muitos, como o primeiro relógio de pulso do mundo.

O objeto ganhou o nome de seu dono: O relógio Santos.

*   *   *

Sempre que surge uma invenção, desejamos saber quem seja o inventor. E, por isso, pesquisamos e fazemos o registro, a fim de atribui-la, de forma devida, ao correto autor.

O filósofo e escritor francês, Voltaire, disse certa vez: O mundo me intriga. Não posso imaginar que este relógio exista e não haja relojoeiro.

Contemplando o Universo, a excelência da natureza que nos mostra uma diversidade inigualável, beleza ímpar, criatividade, continuamos com Voltaire:

Se o palácio anuncia o arquiteto, como poderia o Universo não demonstrar a Inteligência Suprema?

Que planta, que animal, que elemento, que astro, não traz a marca daquele a quem Platão chamava o Eterno Geômetra?

São evidentes as lições da natureza. Se o relógio nos fala da necessidade de um relojoeiro para inventá-lo, que não se dizer dos esplendores que contemplamos todos os dias?

Olhos de ver, como conclamava Jesus. Ver a Inteligência Suprema, Deus, nas coisas simples, na sabedoria e zelo com que tudo dispôs para a Sua criatura: o ser imortal.

Abramos nossos olhos.

Redação do Momento Espírita.
Em 28.3.2023.

 

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