Momento Espírita
Curitiba, 24 de Novembro de 2024
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Dizemos que não O vemos, que difícil se torna crer em algo que não conseguimos sequer definir por ser infinito e nós tão finitos, tão limitados.

Como compreender algo que nunca teve começo, existindo desde o sempre, quando estamos habituados a pensar que tudo tem um início e um fim?

Sim, pensamos limitados nas dimensões que conhecemos. Cientistas e sábios cogitam que, talvez, o nosso Universo não seja único.

Pequenos, nos mostramos descrentes. Ou dizemos não conseguir apreender todas essas teorias de multiversos, de Universos paralelos.

Com certeza, para aqueles que não estamos mergulhados no ambiente científico, tudo nos pode parecer ficção.

Será assim também com a ideia de Deus?

Será que o que nos falta é olharmos, de forma mais detalhada, tudo que nos ocorre para concluirmos pela ideia de um Deus, Criador e Pai amoroso?

A ação de Deus se desvela no Universo, tanto no mundo físico quanto no mundo moral. Não há um único ser que não seja objeto de Sua solicitude.

Nós chamamos de Providência. Aquele socorro que nos alcança, no momento justo, antes que despenquemos pelo abismo.

É aquele amigo que nos abraça, em dia de tormenta íntima, de forma inesperada e nos pergunta, sorrindo: Olá como vai?

Como num passe de mágica, a vibração daquele abraço dissipa as nuvens escuras da nossa desesperança.

É a ação do sol que se apresenta, na manhã ridente, e sentimos seu calor espancar as nuvens e os ventos gélidos.

É a ação de tantos homens e mulheres, no mundo, em todos os recantos da Terra, nos momentos mais precisos.

Esses grandes missionários são a intervenção de Deus na História da Humanidade. Eles vêm e marcham no meio dos povos.

Trazem luzes que acendem para os seus irmãos, na Terra.

Uns desfraldam a bandeira da paz e batalham pela não violência, pela libertação dos oprimidos, exaltam a fraternidade.

Quase sempre sua recompensa é o aprisionamento e a morte. No entanto, mal desaparece um líder, outro surge, desfraldando a bandeira da instrução, da educação, da abnegação.

É como se do sangue derramado brotassem novas criaturas que não temem a ação dos maus. Seu objetivo é fazer luz, é melhorar a qualidade de vida das gentes.

Ação de Deus que se manifesta nos laboratórios de pesquisas, onde missionários se debruçam, incansáveis, até alcançarem o sucesso das vacinas, das eficientes medicações para as epidemias e as enfermidades que assolam comunidades.

Joana D´Arc, a jovem heroína francesa, afirmava: Eu venho da parte do Rei do céu e vos trago os socorros do céu.

Se observarmos o que ocorre ao nosso redor, poderemos descobrir essa atuação da Potência Divina.

Porque Deus não é um vago ideal perdido nas profundezas de sonhos de quem sofre. Ele é um ser vivo, sensível, consciente. É uma realidade ativa.

Nosso Pai, nosso Guia, nosso Condutor, nosso melhor Amigo.

O Seu pensamento irradia sobre a História e sobre o mundo. Ele tem inspirado as gerações em Sua marcha, tem sustentado, levantado milhões de almas desoladas.

Tem sido a Força, a Esperança Suprema.

Ele é a Voz que nos consola, responde, socorre.

Ouçamo-lA.

Redação do Momento Espírita, com base na pt. 1,
cap. VIII do livro
O grande enigma, de Léon Denis,
ed. FEB.
Em 8.7.2022.

 

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