Momento Espírita
Curitiba, 02 de Maio de 2024
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ícone Pedras brutas, pedras preciosas

Pedra é um pedaço de rocha, um mineral sólido. Desde sempre, nos servimos delas.

Entre rochas cavadas, nos abrigamos das intempéries, dos animais. Utilizamo-las como esconderijos.

Com elas construímos casas, edifícios, castelos magníficos, pontes.

Erguemos muralhas para defender nossos países de ataques estrangeiros. Levantamos muros para defender nossas cidades.  Erigimos catedrais, edificações de toda sorte.

Também nos servimos delas para agredir o nosso semelhante, por simples diversão ou por instinto de conservação, defendendo a própria vida e a dos nossos amigos.

E fomos nós mesmos que determinamos quais seriam as mais preciosas, aquelas que poderíamos usar como moeda de troca para adquirir algo que desejávamos.

Aquelas que, pelo seu brilho, suas tonalidades, poderiam adornar as cabeças coroadas ou os colos da nobreza. Aquelas que poderíamos transformar em joias para nossos dedos, punhos, tornozelos.

Selecionamos gemas, as lapidamos e criamos adereços de todos os tipos.

Também criamos lendas em torno delas, e lhes concedemos significados.

A deusa verde das pedras, conforme a denominavam os gregos, a esmeralda, foi eleita pelos romanos como a pedra que representava o amor, a fidelidade e confiança.

Foi eleita símbolo da regeneração, da saúde. Por isso, fazemos anéis, com essa pedra, para profissionais de várias áreas da saúde.

Por ser muito resistente e de dureza incomparável, tornamos o diamante o símbolo da durabilidade e da constância.

Perfeito para representar o amor eterno, o compromisso e a fidelidade entre duas pessoas. Também ligamos o brilho translúcido do diamante à verdade, à pureza e à perfeição.

As pedras preciosas desempenharam um papel fundamental na História humana.

Usadas como tesouro por reis e rainhas, ao longo dos tempos, como amuletos místicos ou simplesmente como joias, as gemas sempre nos fascinaram.

*   *   *

Pedras e pedras. Valiosas as que utilizamos para abrigo, para defesa. Valiosas as que colocamos nos dedos, nos pulsos, ou transformamos em colares e ornamentos de coroas.

Pedras brutas umas. Pedras preciosas outras, que mereceram nossa cuidadosa lapidação.

Podemos nos considerar pedras. Pedras brutas, firmes, que nos alicerçamos em certas posições e não desejamos mudar nossas atitudes.

Ou como rochas que oferecem segurança a uma comunidade, a uma ideia, a uma nação.

Pedras que nos colocamos ao lado de outras para formar pontes, estendendo a solidariedade, vencendo os abismos da intolerância.

Pedras preciosas que exalam virtudes, encantando a quem se nos aproxima.

Gemas valiosas que, com seu brilho, apontam rumos seguros a quem vive na noite das incertezas e das angústias.

Que tipo de pedra somos nós?

Examinemo-nos e nos esforcemos por sermos a pedra-ponte, a pedra-abrigo, a pedra-sustentáculo.

A pedra de valor inestimável, neste imenso e maravilhoso mundo de Deus.

Aquela que pode se transformar em um pedaço de pão, um prato nutritivo, uma vestimenta, um calçado.

Aquela que, valiosa, estende seu brilho e ilumina a noite dos desesperançados.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 7.2.2022.

 

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