Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Bom dia, gentileza

Vivemos tempos difíceis! A pandemia alterou nossas rotinas, mudou a forma como devemos agir em sociedade, transformou nossos lares, reformulou nossa forma de trabalhar.

Também possibilitou que nós mesmos mudássemos comportamentos e atitudes.

Passamos a sair menos de nossas casas e, talvez, por causa disso, podemos pensar que estamos tolhidos de ações em benefício do nosso próximo.

No entanto, podemos fazer muito pelo próximo, a partir das transformações que façamos em nós mesmos.

Por exemplo, podemos promover uma grande campanha pela gentileza.

Possivelmente, não pensamos que a nossa própria vida pode melhorar se nos servirmos um tanto mais da gentileza.

E gestos simples, mas recheados de gentileza, farão muito bem ao mundo em geral.

No ambiente doméstico, enquanto preparamos uma refeição, um simples sanduíche ou uma sobremesa, podemos nos utilizar da gentileza, para ofertar o melhor a quem iremos servir.

Se precisarmos auxiliar nossos filhos, em suas lições, que a nossa gentileza conduza a mão da criança pequenina para a formação das primeiras letras.

Ou repitamos sílabas, palavras e conceitos, com gentileza, tantas vezes quantas sejam necessárias para o aprendizado de quem enfrenta dificuldades.

Se formos dos que trabalhamos junto a enfermos, em clínicas ou lares, façamos todos os procedimentos, gentilmente, com expressão serena na face.

Além da medicação prescrita, nossos gestos contribuirão, igualmente, para a melhora do paciente, que haverá de se sentir mais confortável, com nosso tratamento.

Talvez pensemos que, com tantos problemas no mundo, não devemos perder tempo com pequenas normas de etiqueta, ou regras de boas maneiras, no trato com o semelhante.

Consideremos, contudo, que não há ninguém que não se sensibilize com uma palavra de amizade, uma expressão delicada, um gesto gentil.

Algo que nos retire do quadro comum para tornar nossos dias menos árduos, a dor de alguém menos intensa, seu coração aconchegado.

Então, sejamos os que nos sirvamos do verbete gentil, de um sorriso de ternura, de um olá amistoso.

Evitemos negligenciar o necessário culto da gentileza, na esfera de ação em que somos chamados a atuar.

Em tudo que façamos, coloquemos gentileza, que pode ser o ponto de partida de onde surgem outras qualidades nobres como a honestidade, o perdão, a paciência e a generosidade.

Por meio da gentileza, e, portanto, da afeição, da honestidade, da verdade e da justiça para com todos, beneficiamos a nós mesmos. É uma questão de senso comum.

A gentileza cria uma atmosfera humana e acolhedora que permite uma comunicação mais fácil com as pessoas.

Cultivar a gentileza, a compaixão, melhora a saúde psicológica e aumenta a felicidade.

Guardemos a certeza de que, mesmo aqueles que parecem impermeáveis às boas maneiras, à docilidade, poderão sentir quando a nossa voz se adoçar para traduzir gentileza no falar.

Poderão sentir o nosso olhar penetrá-los, quando os fitarmos, como a indagar: Está tudo bem com você?

Por tudo isso, que tal começarmos a nova jornada de atividades, que se anuncia, com um Bom dia, gentileza?

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 53, do livro Celeiro de bênçãos,
 pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL
 e frases do
Prefácio, de Dalai Lama, do livro A arte da gentileza, de
 Piero Ferrucci, ed. Antroposófica.

Em 13.11.2021.

 

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