Momento Espírita
Curitiba, 27 de Abril de 2024
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ícone A doce poetisa

Sua cidade natal, que traz os traços da época colonial, guarda uma arquitetura apaixonante, onde os casarões e as ruas de pedra estimulam o turismo.

Ela era conhecida em todos os recantos pela especialidade em preparar doces saborosos e frutas cristalizadas.

Cursara a escola apenas até o terceiro ano primário, o que não a impedira, desde os quatorze anos, de tecer seus primeiros sonhos em forma de versos.

Criou uma poética do cotidiano, da singeleza das pequenas coisas que retratavam sua realidade.

Passou a ser conhecida pelos versos e contos que escrevia.

Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas foi a poetisa Cora Coralina.

Seus versos, delicados e profundos, foram publicados pela primeira vez quando a autora tinha setenta e cinco anos.

Elogiada por Carlos Drummond de Andrade, tornou-se uma das vozes femininas mais relevantes da literatura nacional.

Ocupou a cadeira número trinta e oito da Academia Goiana de Letras e recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Goiás.

A poetisa, que escreveu sobre o seu tempo e sobre o futuro, destacando a realidade das mulheres do século vinte, é o principal nome da cidade de Goiás.

A casa onde morou é hoje um museu, incentivando atividades culturais, artísticas, educacionais e filantrópicas, visando a valorização sociocultural do povo goiano, bem como preservar e divulgar a sua obra.

Cora muitas mulheres Coralina morreu em Goiânia, no dia dez de abril de mil novecentos e oitenta e cinco, sem nunca perder a doçura e a simplicidade.

Costumava dizer: Estou no fim da vida, nada tenho e nada me falta.

*   *   *

A simplicidade na forma de viver e o destemor diante dos empecilhos registram uma força que impulsiona o caminhante no mundo.

Não nos cabe esmorecer frente às dificuldades que a vida apresenta. Ao contrário, devemos analisar as oportunidades e enfrentar os desafios.

Todos dispomos de ferramentas extras, que Deus concede para que as possamos utilizar frente aos dissabores da vida.

Encontrar em nosso interior tais ferramentas é o primeiro passo.

Todos temos capacidades, talentos, dons. Basta que desbravemos as terras íntimas do nosso ser e as descobriremos.

Permitamo-nos mergulhar em nosso interior, buscando essas riquezas que farão a grande diferença em nós e em nossa caminhada terrena.

Nossas reservas de energia, nosso potencial apenas esperam que os acionemos e, com coragem, os utilizemos para que surja nosso brilho.

A criatividade, o ousar se aventurar pelos caminhos da realização que preenche o ser, independente do ganho material, pode emergir da nossa intimidade.

Alie-se à coragem e à disposição pela luta, e o sucesso poderá se tornar realidade.

Como ensina a poetisa e escritora:

Desistir... eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério.

É que tem mais chão nos meus olhos do que o cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça.

Desistir, nunca.

Redação do Momento Espírita, com base em dados biográficos
 de Cora Coralina e no artigo
Trabalhadores do Bem, do Jornal
 Mundo Espírita, de abril/2018.
Em 31.10.2020.

 

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