Momento Espírita
Curitiba, 24 de Novembro de 2024
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ícone Filhos de Deus

Enquanto estamos na Terra, na roupagem carnal, alimentamos muitas ilusões. Também um igual número de ambições.

Entre essas, a de conquistarmos títulos. A História registra que, até há poucos anos, o que mais disputávamos eram os títulos de nobreza.

Quando não nascíamos nobres, nos permitíamos qualquer coisa, até mesmo distanciados da ética e da moral. Tudo para sermos agradáveis aos poderosos e lhes conquistar as graças.

Como consequência, quem sabe, um título de nobreza. Foram períodos de tristes lembranças.

Nos dias atuais, a disputa não é menor. Desejamos títulos e destaques nas colunas sociais, buscamos projeção política.

Alguns fazemos questão de colecionar títulos honoríficos de instituições assistenciais e religiosas.

Por isso, às vezes, nos candidatamos a cargos, sem, no entanto, abraçarmos os encargos que eles exigem. O que nos importa é somente a denominação.

Porém, existe um título muito precioso e que todos temos. Nem sempre nos apercebemos que o detemos ou quão importante ele é.

É o título de filho de Deus.

Que título maior podemos almejar?

Somos filhos de Deus, cujo amor inunda o Universo e se encontra nas fibras mais íntimas de cada um de nós.

Ser filho é ser herdeiro. Somos herdeiros do Universo.

Por direito natural, possuímos tudo que é de Deus, bastando somente que desenvolvamos os dons latentes em nós, a fim de que possamos desfrutar de toda essa grandeza.

Somos herdeiros das ideias sublimes, desde que o Pai nos fez à Sua imagem e semelhança.

Ideias sublimes que nos proporcionam a inteligência para conquistar espaços, penetrar o mecanismo da vida e decifrar os enigmas desafiadores da sabedoria.

Filhos de Deus somos todos nós. Com uma imensa herança a nos aguardar, além daqueles bens de que já usufruímos, como o ar, a água, os planetas que utilizamos como moradia, os mil detalhes da Criação que nos servem e sustentam.

Para a conquista de todos esses tesouros, é imprescindível a confiança e a fé. Igualmente o esforço para desdobrarmos as capacidades adormecidas em nós mesmos.

E, naturalmente, se temos tantos bens e tantos direitos, como filhos de Deus, também temos deveres.

O primeiro de todos é o de nos vermos como filhos do mesmo Pai, herdeiros do Universo, usufrutuários de todas as Suas bênçãos.

Bênçãos generosas, distribuídas a todas as horas, mesmo para aqueles que não admitem a Paternidade Divina, um criador excepcional.

O Pai é somente um, o Criador, a Causa incausada de todos os seres e de todas as coisas.

O segundo dever é de nos amarmos, pois o Pai a todos ama de igual forma.

Como Pai, Ele não deixa de fora nenhum dos Seus filhos. A ninguém deserda.

Mais cedo ou mais tarde todos haveremos de compreender o plano divino e a Ele nos amoldaremos.

Nesse dia, sairemos da infância espiritual em que nos situamos para a maioridade.

Nesse dia, utilizaremos e nos felicitaremos com todos os tesouros da Criação.

Nesse dia, seremos felizes.

 

Redação do Momento Espírita, com base na introdução e no cap. 5,
do livro
Filho de Deus, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia
de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 16.6.2020.

 

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