Momento Espírita
Curitiba, 25 de Novembro de 2024
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Você presta ou já prestou algum tipo de serviço voluntário?

Há algum tempo, um telejornal apresentou uma reportagem sobre o trabalho voluntário.

Mostrou pessoas de várias classes sociais que, após o trabalho remunerado, que garante o pão de cada dia, reservam algumas horas para colaborar com os necessitados de toda ordem.

Eram empregadas domésticas que, após um dia exaustivo de luta, se dirigiam a alguma instituição de caridade para fazer o jantar dos assistidos.

Empresários que, no final de semana, ensinam crianças carentes a ler e escrever.

Pessoas anônimas que vão aos lares de idosos para cortar o cabelo, fazer a barba, ouvir as conversas dos velhinhos. E, mais do que isso, ser um amigo daqueles solitários que não têm com quem dialogar.

Outros costuram, lavam, passam, voluntariamente, para favorecer aos que mais necessitam.

Se todos resolvêssemos dedicar um pouco do nosso tempo, sem esperar nada em troca, em muito pouco tempo teríamos um mundo melhor.

Afinal, a solução de todos os problemas da Terra está dentro de cada indivíduo.

Se cada médico, por exemplo, dedicasse algumas horas por semana para atender pessoas enfermas, que não têm condições financeiras para pagar um profissional, muitas delas deixariam de morrer por falta de atendimento.

Se pedreiros e carpinteiros colocassem mãos à obra, voluntariamente, apenas algumas horas semanais, resolveriam a falta de moradia de muitas pessoas.

Se professores, dentistas, engenheiros, administradores, políticos e outros profissionais fizessem o mesmo, acabaríamos com a carência em pouquíssimo tempo.

Quem se doa, doando suas horas por uma causa nobre, é imensamente recompensado. Uma recompensa que certamente não enriquece os bolsos, mas traz um bem-estar que dinheiro nenhum pode comprar.

Certa feita, um jornalista perguntou à Madre Teresa de Calcutá, se ela, ao analisar sua vida, a considerava uma vida feliz e ela respondeu com doçura:

A felicidade que ninguém pode tirar de mim. Nunca houve dúvidas ou tristezas.

Ser voluntário no trabalho do bem é exercitar o amor ao próximo e, por conseguinte, o amor a Deus.

Uma lágrima que não deixemos cair, uma oração por um infeliz, um pouco de atenção a alguém solitário, uma visita a um doente sem ninguém, são formas de trabalho voluntário que nos enriquecem imensamente o Espírito.

Como podemos perceber, não há necessidade de bens materiais para servir a uma boa causa. E essa boa causa é o bem comum.

O importante, no trabalho voluntário, não é a quantidade de tempo dispensado, mas que a nossa doação seja espontânea, desinteressada e constante.

Se você ainda não experimentou a satisfação dessa doação, experimente. Você compreenderá porque Jesus recomendou o amor ao próximo como condição para a felicidade.

*   *   *

Existe um grande número de voluntariado em nosso país.

Tanto é assim, que já existe uma legislação específica para regulamentar e garantir que o trabalho seja mesmo voluntário.

Portanto, essa é uma riqueza que levaremos conosco para além do túmulo. Era a esse tipo de tesouro que Jesus se referiu dizendo que a traça não corrói nem o ladrão rouba.

 

Redação do Momento Espírita, com base em
reportagem do Jornal Gazeta do Povo, de 21 de
fevereiro de 2001.
Em 16.12.2013.

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