Momento Espírita
Curitiba, 25 de Novembro de 2024
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ícone Falando sobre o amor

Você já sonhou em viver um grande amor? Daqueles que recheiam as histórias românticas e enchem o coração de suspiros?

Já se imaginou vivendo um relacionamento que se assemelhasse a um mar de tranquilidade, sem desavenças, sem desentendimentos?

É natural alimentarmos esses desejos e anelar apenas alegrias na relação a dois.

Escolhemos com quem compartilhar a vida, e planos de venturas e sonhos de felicidade se fazem em nosso coração.

Porém, quando nos envolvemos nas relações com o outro, não são poucas as dificuldades que surgem.

Logo, as diferenças começam a se fazer aqui ou ali, começando a nos exigir virtudes que, quase sempre, não temos.

Em algum momento precisaríamos mais paciência, mas não encontramos o suficiente em nós.

Em outras situações, é um tanto mais de compreensão que seria necessária, e é justamente o que nos falta.

Doutras vezes, seria preciso esquecer um pouco de nós, a fim de se dar ao outro. E nem nos apercebemos disso.

Isso acontece porque trazemos muitas dificuldades em nosso mundo íntimo, sendo natural que elas influenciem nossos relacionamentos.

Muitas vezes, mesmo havendo amor, ele ainda se faz limitado, com dificuldades em ser vivenciado de maneira mais tranquila e doce.

Como trazemos nosso mundo íntimo deveras turbulento, turvado por outros tantos sentimentos, a vivência do amor se faz difícil.

No entanto, nada disso deve ser motivo para desistirmos ou desanimarmos nesse desafio do relacionamento humano.

As virtudes, que hoje não possuímos, virão na medida em que investirmos no seu exercício.

As dificuldades do hoje se farão menores se insistirmos na conjugação de aprender a amar.

O amor se consolida e se alicerça no relacionamento humano, enfrentando desafios e quando nos permitimos a oportunidade de vivê-los e superá-los.

Muitos de nós, nas primeiras dificuldades, nos primeiros embates, concluímos que o amor acabou, que não adianta continuar a investir no relacionamento.

Se a cada dificuldade que surgir, fizermos um movimento de abandoná-lo, não amadureceremos. Estaremos sempre na mesma medida, na mesma envergadura emocional.

Não conquistaremos virtudes sem esforços próprios. Não superaremos nossas limitações sem a coragem de enfrentá-las.

Dessa forma, na medida em que nos propusermos a aprender com os naturais embates que o relacionamento oferece, iremos colecionando, aqui e ali, contas de virtudes.

Ao colecionarmos pequenas pérolas de paciência, de compreensão, de gentileza, de generosidade, ou de amizade, elas irão preenchendo nosso coração com os valores que nos faltam.

Assim, nada melhor do que investirmos nos relacionamentos. Enfrentar pequenas dificuldades, com coragem e naturalidade.

Logo mais, aquilo que parecia tão difícil, se tornará lição conquistada, e estaremos prontos para novos embates.

Abandonar a ilusão de que os sentimentos nascem prontos nos confere lucidez na grande ventura da vida, entendendo que aprender a amar é o maior desafio que ela pode nos oferecer.

Redação do Momento Espírita.
Em 15.8.2018.

 

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