Pesquisadores da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, descobriram que quando alguém é alvo de um comportamento rude, ou apenas testemunha algo do tipo, uma espécie de vírus da hostilidade se instala e vai se espalhando entre as pessoas.
Segundo os estudiosos, mesmo sem querer, acabamos passando esse comportamento adiante. Essas pessoas assim contaminadas, por sua vez, sucessivamente, vão aumentando a onda de grosseria entre os outros seres humanos.
Em um dos estudos, um grupo de voluntários presenciou uma autoridade esbravejar com alguém que chegou atrasado, enquanto outro grupo viu de perto uma cena com uma atitude mais polida por parte da chefia.
Depois disso, ambas as equipes tiveram que identificar, rapidamente, sequências de letras em um texto.
Os resultados finais do teste mostraram que as pessoas expostas à atitude grosseira encontraram mais rapidamente palavras de conotação rude no texto.
No segundo trabalho científico, um grupo de participantes viu um vídeo que mostrava interações ríspidas entre colegas de trabalho, enquanto outros voluntários assistiram cenas de relações harmoniosas no escritório.
Em seguida, tiveram que responder e-mails para alguns clientes, que enviaram mensagens de forma muito rude, moderada ou normal.
Segundo os pesquisadores, os voluntários que assistiram ao vídeo grosseiro foram mais suscetíveis a interpretar os e-mails normais e moderados como agressivos, e responderam de modo semelhante.
Isso tudo demonstra como somos frágeis, como nosso sistema imunológico moral, poderíamos assim dizer, ainda está com defesas muito baixas.
Como nos proteger disso, então?
Não podemos fazer nada em relação à rudeza dos outros, ao mal que está lá fora e que nos bate à porta diariamente. O vírus da hostilidade está no ar.
Porém, como nos protegemos dos tantos vírus com os quais convivemos em nosso dia a dia, ameaçando nosso organismo?
Dependerá de nossas defesas, de nosso sistema imunológico.
No caso em questão, isso estará em escolher se vamos nos deixar ou não ser contagiados pela hostilidade, pela violência, pela crueldade. Ou se permaneceremos imunes ao mal, não permitindo que ele se instale e se alastre.
Será de grande nobreza o gesto de dizer, quando formos vítimas de alguma agressão: o mal termina aqui. e não permitir que ele siga em frente, nem retorne a quem nos ofendeu, nem levar adiante ao mundo, descontando nos outros.
Em muitos casos não temos como evitar de nos ferirmos, de passar alguns dias de cama, por causa de algumas dessas viroses de hostilidade. Mas já temos condições de não mais transmitir a doença aos outros.
Transformemos nosso período de cama em momentos importantes de reflexão, de viagem interior e de tratamento para o ódio, para que quando voltemos às atividades normais, possamos ser transmissores de saúde.
Cada um de nós pode propagar o bem, inundando o mundo com boas ações, boas palavras e bons pensamentos.
Somente assim teremos, neste mundo, mais bem do que mal, mais gentileza do que hostilidade, mais saúde do que doença.
Redação do Momento Espírita, com base em
reportagem do site www.sonoticiaboa.com.br.
Em 18.4.2016.
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