Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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O amor costuma ser um tema muito presente na sociedade contemporânea.

Nos contextos mais inusitados, o amor surge como móvel ou explicação para a conduta humana.

Há quem diga que traiu ou matou por amor.

Como podemos, no entanto, justificar esses atos em nome do amor?

O verbo amar brota dos nossos lábios, de forma muito rápida, sem aquilatarmos o verdadeiro sentimento que dirige nossos atos.

Afirmamos amar mas nem sempre temos para com o ser amado a devida ternura, atenção de que ele precisa ou aguarda.

Bem se vê como é difícil compreender o sentido do amor.

Quando esteve entre nós, Jesus identificou o amor como a essência das leis que regem a vida.

Lecionou que, acima de tudo, é preciso amar a Deus.

Também é necessário amar ao próximo como a si mesmo.

Certamente esse sentimento tão sublime há de ser estribado no dever e na conduta digna.

Não se concebe que justifique qualquer desatenção, descuido ou crime.

Talvez até figure de forma embrionária nesses processos desequilibrados.

Mas por certo neles se encontra desvirtuado por vícios e paixões.

Então, é difícil indicar com exatidão o sentido dessa palavra tão enunciada.

Muitos dizem sofrer por amor.

Amam mas não são correspondidos e por isso padecem.

Ou às vezes até se acreditam amados, mas não com a intensidade que desejariam.

Ardem de ciúmes do ser querido.

Reclamam de descaso, de que não recebem a atenção necessária.

Entretanto, em se tratando de amor, convém recordar os exemplos de Jesus.

O Mestre Divino não se ocupou em reclamar de falta de atenção.

Não fez chantagens com Seus parentes e amigos, para exigir maiores demonstrações de afeto.

Não tornou difícil a vida de quem não conseguia entender o significado de Sua missão.

Por muito amar, Ele se doou inteiro à Humanidade.

Investiu horas infindas na educação dos ignorantes.

Confortou os sofredores.

Curou enfermos.

Amparou os viciados do corpo e da alma.

Mas nunca esperou ou exigiu e nem mesmo recebeu nada em troca.

Ele simplesmente ofereceu o de que careciam as criaturas:  educação, luz, paz...

E Ele tudo isso ofereceu. Eis o aspecto essencial do amor: a doação.

Amar pelo prazer de ver feliz o ser querido.

Quem espera ser amado muitas vezes se converte em opressor ou chantagista.

Já quem se contenta em amar é sempre um esteio na vida do semelhante.

Reflitamos a respeito do modo pelo qual encaramos o amor.

Encontramos alegria em tornar felizes os nossos amores?

Ou estamos sempre a fazer exigências, em uma barganha constante pelo afeto deles?

Preocupamo-nos em receber algo em troca ou doamos o que temos de melhor em nós?

Essa ou aquela forma de agir nos identifica como pessoas capazes de amar sem restrições. Ou ainda carentes de aprender a conjugar o verbo amar.

O amor somente felicita, nunca entristece ou magoa o outro.

O amor deseja a felicidade do outro, o sorriso na face amada, a alegria na vida de seu afeto.

Busquemos, a cada dia, nos exercitarmos na ventura que se chama amor.

Verificaremos, a breve tempo, como a felicidade nos alcançará os dias.

 

Redação do Momento Espírita.
Em 8.2.2023

 

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