Felicidade é algo que todos anseiam e, ao mesmo tempo, procuram. A maioria de nós, ao falar sobre a felicidade, costuma comparar-se com alguém que acredita ser mais feliz: um parente, um colega, um amigo ou um simples conhecido.
Um escritor americano contou que, certa vez, um jovem lhe chamou a atenção por ser feliz e muito bem-sucedido.
Ele tinha mulher e filhas e podia-se observar a sua alegria no trabalho, que era conduzir um programa de entrevistas na rádio de sua cidade.
O escritor confessa que invejou aquele rapaz que tinha tudo sem muito esforço, um desses raros afortunados.
Mas, entretendo-se a conversar com ele, o assunto derivou para as questões da Internet.
Foi quando o rapaz lhe confessou que apreciava muito a Internet porque ela lhe possibilitava constantes pesquisas no campo da enfermidade chamada esclerose múltipla, doença terrível que afligia a sua mulher.
Como se percebe, o segredo da felicidade não está em possuir coisas, posições ou vantagens pessoais. É uma questão de ser grato por aquilo que se tem.
De um modo geral, pensamos que as pessoas infelizes reclamam de tudo. Mas é exatamente o contrário: as pessoas são infelizes porque de tudo reclamam. Não sabem ser gratas e nem valorizam o que têm.
É como alguém que olhasse para um telhado e descobrisse a falta de uma telha. Ora, o importante é que só falta uma telha e mais dia, menos dia, se conseguirá colocá-la.
O que não se pode esquecer é que o telhado todo está coberto, impedindo a ação dos ventos e das chuvas sobre a casa onde moramos.
O outro segredo da felicidade é dar um sentido à vida. Ninguém é feliz vivendo simplesmente por viver.
É preciso escolher uma atividade que nos alegre a existência. Pode ser qualquer ocupação útil. Estudar, trabalhar em favor de alguém ou de uma instituição, devotar-se ao atendimento de um necessitado.
É indispensável uma fé espiritual. A crença em Deus, Pai de amor que por todos vela, não importando o nome que se Lhe dê.
Crer que esta existência é passageira e que tem por objetivo nos proporcionar oportunidades de crescimento.
Que a verdadeira vida é a do Espírito imortal que sobrevive às catástrofes, às enfermidades, à morte.
A felicidade, em verdade, está sob nosso controle. É uma batalha a ser travada e um sentimento a ser guardado.
A prova disto é que pessoas que têm uma vida relativamente fácil se mostram infelizes, por vezes. Enquanto outras que sofreram muito, continuam, de modo geral, felizes.
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A felicidade é um sentimento que deve ser levado a sério. Cada um de nós deve ser tão feliz quanto possível, porque ninguém aprecia viver ao lado de alguém infeliz.
Imaginemos: como é para uma criança crescer em companhia de um pai infeliz? Ou um pai ver seu filho crescendo infeliz?
Ou para uma esposa viver ao lado de um homem infeliz?
A verdadeira conquista está na luta para ser feliz, descobrindo e valorizando as pequenas coisas, de um desabrochar de flor a um dia de sol, a bênção da chuva num dia de verão intenso, a brisa do mar na manhã que promete ser escaldante.
Enfim, a bênção de viver no mundo e respirar este ar maravilhoso, na Terra que nos foi dada por Deus, para nosso crescimento interior.
Redação do Momento Espírita, com base no artigo
Uma simples verdade a respeito da felicidade, publicado
em Seleções Reader´s Digest, de janeiro de 1999.
Em 09.04.2010.