Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Ações cruéis

Em se observando a enorme diversidade dos animais, descobre-se como o Pai Criador foi pródigo em tudo providenciar ao homem.

Os animais o vestem com suas peles, o alimentam com seus ovos, seu leite, sua carne. Aquecem-no com suas penas e lã.

Com alegria, lhe deliciam os ouvidos tecendo sinfonias nos ramos das árvores ou aprisionados em gaiolas douradas.

Retribuem as carícias com fidelidade extremada, até o sacrifício da própria vida.

Em uma palavra, servem a Humanidade. E o que tem feito o homem pelos animais?

Basta se viaje e nas rodovias se encontram à venda várias aves, especialmente periquitos e papagaios, recém retirados do seu habitat.

Repousam ali, sobre varas improvisadas, de asas cortadas para não alçarem voo.

Se a necessidade ou a ignorância de quem as retira da mata pode ser entendida, como se desculpar o homem que passa no seu carro, a negócios ou a passeio, que para e adquire o espécime?

Para quê? Para servir de brinquedo ao filho? Por quanto tempo? Para servir de adorno?

Logo, o bichinho está relegado a um canto, triste. Morre cedo, na maioria das vezes, porque longe da liberdade da sua mata, quando não por doenças que contrai pela alimentação inadequada que recebe.

De outras vezes, descobre-se nos centros urbanos, junto a piscinas improvisadas ou nos jardins, tartarugas e cágados.

Também retirados pequenos do seu local de origem, fazem a alegria da criançada... por algum tempo.

Até crescerem tanto que deixam de ser engraçadinhos. Alimentados de forma incorreta, têm os seus cascos amolecidos e acabam sendo entregues, quando o são, a zoológicos da cidade.

Para que tirá-los da condição de liberdade?

Tudo isso demonstra a crueldade do ser humano. Crueldade que é fruto do seu egoísmo e do pouco valor que dá à vida.

Já se viu, muitas vezes, burros e mulas com os ossos à mostra, carregando fardos pesadíssimos. E ainda recebendo chicotadas. Fome, trabalho excessivo, maus tratos.

Patos e suínos confinados em espaços mínimos, em especial regime de engorda. Prisioneiros, para acelerar a hora de serem levados ao mercado consumidor ou produzirem a melhor iguaria para sofisticados pratos.

Onde o respeito à vida, à natureza, ao ser inferior?

Conscientizemo-nos de que somente alcançaremos a felicidade, quando não venhamos a distribuir o mal, seja para a Terra que nos agasalha, seja para os seres que a habitam.

Porque em síntese, toda agressão à natureza redunda em prejuízo para quem a pratica.

Você sabia?

Você sabia que Carl Sagan, astrônomo americano, disse que se fôssemos visitados por um viajante espacial que examinasse nosso planeta, ele possivelmente concluiria que não há vida inteligente na Terra?

É que o hipotético viajante iria logo descobrir que os organismos dominantes da Terra estão destruindo suas fontes de vida.

A camada de ozônio, as florestas tropicais, o solo fértil, tudo sofrendo constantes ataques.

Redação do Momento Espírita, com base em artigo
publicado na Revista Veja de 27.3.1996.
Em 28.2.2019.

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