Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone A força das idéias
 

Normalmente não nos damos conta da força que têm as idéias, no contexto geral da vida.

A idéia é um elemento vivo de curta ou longa duração, que exteriorizamos de nossa alma e que, como criação nossa, forma acontecimentos e realizações, atitudes e circunstâncias que nos ajudam ou desajudam, conforme a natureza que lhe imprimimos.

A idéia é força atuante, e raio criador que estabelece atos e fatos, enquanto lhe damos impulso.

Quando várias idéias se somam, a sua força aumenta, atingindo grandes proporções.

Não é outro o motivo pelo qual as equipes de jogadores encontram dificuldades em vencer fora de casa, como se costuma dizer.

É que a força das idéias dos torcedores, vibrando em uníssono, exerce grande influência, impulsionando o time tanto para a vitória como para a derrota.

Assim acontece também, quando uma pessoa está prestes a deixar o corpo físico e outras tantas pessoas a retêm pelo desejo ardente de que não morra.

Se a hora é chegada, os Benfeitores Espirituais promovem a chamada melhora da morte, para que as idéias de retenção se afrouxem e o Espírito seja desligado do corpo, graças ao relaxamento das idéias-força, que retinham o moribundo.

Nossas idéias podem ser flor ou espinho, pão ou pedra, asa ou algema, que arremessamos na mente alheia e que retornarão, inevitavelmente, até nós, trazendo-nos perfume ou chaga, suplício ou alimento, cadeia ou libertação.

O crime é uma idéia-flagelação que se insinuou na mente do criminoso.

A guerra de ofensiva é um conjunto de idéias-perversidade, subjugando milhares de consciências.

O bem é uma idéia-luz, descerrando caminhos de elevação.

A paz coletiva é uma coleção de idéias-entendimento, promovendo o progresso geral.

É por essa razão que o Evangelho representa uma glorificada equipe de idéias de amor puro e fé transformadora, que Jesus trouxe para as esferas dos homens, erguendo-os para Deus.

Na manjedoura, implanta o Mestre a idéia da humildade.

Na carpintaria nazarena, traça a idéia do trabalho.

Nas bodas de Caná, anuncia a idéia de auxílio desinteressado à felicidade do próximo.

No socorro aos doentes, cria a idéia da solidariedade.

No Tabor, revela a idéia da sublimação.

No Jardim das Oliveiras, insculpe a idéia da suprema lealdade a Deus.

Na cruz da renúncia e da morte, irradia a idéia do sacrifício pessoal pelo bem dos outros, como bênçãos de ressurreição para a imortalidade vitoriosa.

*   *   *

Não nos esqueçamos de que nossos exemplos, nossas maneiras, nossos gestos e palavras que saem da nossa boca, geram idéias.

Essas idéias, à maneira de ondas criadoras, vão e vêm, partindo de nós para os outros e voltando dos outros para nós, com a qualidade de sentimento e pensamento que lhes imprimimos, levando-nos ao triunfo ou à derrota.

É por isso que, em nossas tarefas habituais, precisamos selecionar as idéias que nos possam garantir saúde e tranqüilidade, melhoria e ascensão.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita, com base no
 cap. 20, pelo Espírito Emmanuel,  do livro
Vozes do grande Além, por Espíritos diversos,
psicografia de Francisco Cândido Xavier,
 ed. Feb. Em 04.11.2008.

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