Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Frutos da crueldade
 

Quando se observa a enorme diversidade dos animais existentes na Terra, descobre-se como o Pai Celeste foi pródigo em tudo providenciar ao homem.

Os animais o vestem com suas peles, o alimentam com seus ovos, seu leite, sua carne. Aquecem-no com suas penas e lã.

Com alegria, lhe deliciam os ouvidos compondo sinfonias nos ramos das árvores ou aprisionados em gaiolas douradas.

Retribuem as carícias com fidelidade extremada, até o sacrifício da própria vida.

Em uma palavra, servem o homem.

E o que tem feito o homem pelos animais?

Retira de seu habitat as aves, especialmente periquitos e papagaios, corta-lhes as asas para que não alcem vôo.

E para quê? Para servir de brinquedo ao filho? Por quanto tempo?

Para servir de adorno?

Logo, o bichinho está relegado a um canto, triste. Morre cedo, na maioria das vezes, porque longe da liberdade da sua mata, quando não por doenças que contrai pela alimentação inadequada que recebe.

Por vezes, descobre-se nos centros urbanos, junto a piscinas improvisadas ou nos jardins, tartarugas e cágados.

Também retirados pequenos do seu local de origem, fazem a alegria da criançada... Por algum tempo.

Até crescerem tanto que deixam de ser engraçadinhos. Alimentados de forma incorreta, têm os seus cascos amolecidos e acabam sendo entregues, quando o são, a zoológicos da cidade.

Para que tirá-los da condição de liberdade?

E os sagüis, os macaquinhos, então!? Quanta maldade! Para se conseguir retirar o filhote, normalmente sacrificam-se os pais.

O filhote passa a viver dentro de estreitos espaços, preso a correntes. Morre de tristeza ou por descuidos.

Porque, de um modo geral, as pessoas não se esmeram em saber verdadeiramente como deve o bichinho ser tratado.

Ao lado da maldade de se separar o animal da sua família, do seu habitat, de lhe cercear a liberdade, a maldade maior de acabar paulatinamente com sua espécie.

Pensemos: os pais são mortos, o filhote não tem com quem cruzar. A espécie somente pode perecer, com o tempo.

Tudo isto demonstra a crueldade do ser humano. Crueldade que é fruto do seu egoísmo e do pouco valor que dá à vida.

Onde o respeito à vida, à natureza, ao ser inferior?

Conscientizemo-nos de que somente alcançaremos a felicidade, quando não venhamos a distribuir o mal, seja para a Terra que nos agasalha, seja para os seres que a habitam.

Porque em síntese, toda agressão à natureza redunda em prejuízo para quem a pratica.

*   *   *

Carl Sagan, astrônomo americano, disse que se fôssemos visitados por um viajante espacial que examinasse nosso planeta, ele possivelmente concluiria que não há vida inteligente na Terra.

É que o hipotético viajante iria logo descobrir que os organismos dominantes da Terra estão destruindo suas fontes de vida.

A camada de ozônio, as florestas tropicais, o solo fértil, tudo sofrendo constantes ataques. 

Redação do Momento Espírita com
base em artigo da Revista Veja,
de 27.03.1996 (pág. 85).
Em 25.01.2008.
© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998