Ao longo dos séculos, a Humanidade tem ouvido os religiosos pregarem a necessidade de praticar o bem para receber o prêmio póstumo, ou seja, depois da morte.
Se, por outro lado, fizermos o mal, faremos jus ao devido castigo.
Temos que reconhecer que esse não é um método eficaz de educação para os nossos dias, quando possuímos tantas informações sobre o Universo que nos rodeia.
Mas, então, que argumentos podem levar o homem à prática do bem?
Argumentos nos quais a lógica e a razão devem ser consideradas.
Hoje, temos razões de sobra para crer que o Universo, do qual fazemos parte, não se fez sozinho e nem foi fruto do acaso.
Sabemos, também, que não há efeito sem causa, e que o Universo é um efeito que há de ter uma causa. E uma causa inteligente, pois tudo nele se comporta de forma inteligente.
Sabemos que existem bilhões de galáxias espalhadas pelo Universo e que as leis que regem esse Universo infinito são perfeitas.
A lógica nos leva a deduzir que, acima de toda a Criação, há de ter uma causa primária, inicial, uma Inteligência Suprema, criadora de todas essas maravilhas.
Chegaremos então à conclusão de que essa causa primária, essa Inteligência Suprema é a que chamamos Deus.
Ora, se fazemos parte desse Universo, é lógico deduzir que também fomos criados com uma finalidade útil.
Se buscarmos, com sinceridade, encontraremos, nos ensinos de Jesus, o Espírito mais perfeito que a Terra conheceu, a prescrição de que devemos fazer o bem.
Jesus resumiu toda a lei e os profetas na máxima: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Disse também que a cada um será dado segundo suas obras.
Pensando nessas verdades, logicamente deduziremos que não seremos premiados, nem castigados, mas obteremos o resultado dos nossos próprios atos.
Disso temos inúmeros exemplos no nosso cotidiano.
Se somos um aluno relapso, teremos a nota correspondente.
Se não gostamos de trabalhar, receberemos o salário do ocioso.
Se comemos ou bebemos demais teremos distúrbios variados no organismo, e assim por diante.
No entanto, se é verdade que hoje temos a impressão de que recebemos um castigo que não fizemos por merecer, é que a causa da nossa desdita está oculta em existências anteriores, e o efeito chega agora no endereço certo.
Isso não é castigo, mas oportunidade bendita que Deus nos oferece para corrigir o equívoco.
Também é verdade que temos momentos de felicidade. São os momentos que fizemos por merecer, ou que a Misericórdia Divina nos concede a fim de que possamos refazer as forças.
Dessa forma, podemos comparar a nossa existência a um jardim, que produzirá somente o que nele plantarmos, respeitando sempre a nossa livre vontade.
Assim, se de vez em quando encontrarmos um espinheiro no nosso jardim, arranquemos e plantemos em seu lugar a flor mais perfumada que conhecemos, porque, embora demore um pouco mais para florescer, no futuro teremos a flor e o perfume.
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Todos somos filhos do Amor Divino. Guardemos a certeza de que o que deseja nosso Pai é que sejamos felizes. Esforcemo-nos para isso.
Redação do Momento Espírita
Em 15.1.2022.
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