Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Chaga da sociedade

Qual será o sentimento que é a raiz de todos os males que nos infelicitam?

Os mensageiros espirituais que nos vêm elucidar, desde há muito, apontam ser o egoísmo a grande chaga da Humanidade. Dele derivam todos os demais vícios.

Incompatível com a justiça, o amor e a caridade, neutraliza mesmo as demais qualidades.

A fim de nos melhorarmos, contribuindo para o aperfeiçoamento do mundo em que nos movemos, é preciso que nos esforcemos para nos libertarmos dessa chaga.

Quando o egoísmo governa, podemos ver claramente a sua semeadura de amargores. As injustiças sociais vigentes em qualquer país do mundo nos apontam homens, classes sociais e partidos políticos ou religiosos defendendo seus interesses, em detrimento da justiça.

O egoísta pensa somente em si. Quer seus direitos respeitados, mas não cogita respeitar os direitos alheios. Sua visão de justiça é unilateral.

É por essa razão que a Humanidade anda de braços dados com a violência, com a corrupção, com a supremacia dos interesses pessoais sobre o que é justo.

É por causa do egoísmo que estouram e são sustentadas as guerras, por intermináveis períodos. Entendamos os pequenos conflitos familiares, as guerras religiosas, até as guerras de alcance mundial.

Quando existe o sentimento de fraternidade, de solidariedade, de altruísmo nos corações dos homens, estes abrem mão dos interesses pessoais a favor da justiça e do bem-estar comum.

Numa sociedade civilizada, todo cidadão tem direito ao necessário, que é a alimentação, a moradia, a saúde, a instrução.

A violência só se cala diante da justiça e do amor. Falamos de uma justiça que saia do papel e das palavras para se tornar realidade em todos os campos da sociedade.

Essa justiça que inicia em cada um de nós, nas pequenas e mínimas coisas, que vão do respeito ao semelhante a se importar com sua vida, seu bem-estar.

Enquanto houver egoísmo, não haverá amor nem justiça.

É urgente erradicar essa ferida social, de uma vez por todas, para que possamos vislumbrar a esperança de vivermos em um mundo em que a justiça e a fraternidade sejam uma realidade.

Esse grave problema só será extirpado do coração do homem quando o bisturi da educação for manipulado com sabedoria.

Quando o germe do amor for implantado no coração da criança, ele florescerá e dará frutos capazes de neutralizar o ódio e a injustiça.

Eis o grande papel que a educação é convocada a realizar. Uma educação baseada no exemplo e na máxima evangélica que estabelece fazer ao outro o que gostaríamos que o outro nos fizesse.

*   *   *

À medida que os homens se instruem acerca das coisas espirituais, menos valor dão às coisas materiais.

Eis um primeiro passo, que deve ser seguido de uma reforma nas instituições humanas que estimulam o egoísmo e o mantêm vivo. Isso depende da educação.

Não da educação que simplesmente faz homens instruídos, mas daquela que forma homens de bem.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base nas
 questões 913 e 914 de
O livro dos Espíritos,
 de Allan Kardec, ed. FEB.
Em 13.1.2024

 

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