Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Oh, como eu a amei!

O padre estava terminando o serviço fúnebre na hora do sepultamento. De repente, o homem de 78 anos, cuja esposa de 70 anos acabara de morrer, começou a gritar:

- “Oh, como eu a amei!”

Seu lamento desolado interrompeu o silêncio da formalidade. Os outros familiares e amigos permaneceram de pé em torno da sepultura, parecendo chocados e embaraçados.

Seus filhos, envergonhados, tentaram silenciar seu pai.

Está certo, papai; nós entendemos.

O velho homem olhava fixamente o caixão descer lentamente na sepultura. O padre continuou. Terminando, ele cumprimentou os familiares que, um a um, foram deixando o local.

Todos, exceto o velho homem.

- “Oh, como eu a amei!” Gemeu ruidosamente.

Sua filha e dois filhos novamente tentaram contê-lo, mas ele continuou.

- “Como eu a amei!”

Aquele homem permaneceu olhando fixamente para o sepulcro. O padre o abordou dizendo: “eu sei como você deve se sentir, mas está na hora de irmos embora.”

Todos devemos ir e continuar nossa vida.

“Oh, como eu a amei!” Disse novamente o velho homem ao padre.

“Você não faz idéia...”

“Eu quase disse isso a ela, uma vez...”

***

Incontável número de pessoas passa por uma situação semelhante a essa.

São esposas e esposos, filhos, irmãos, tios, amigos, que passam uma vida inteira juntos e não têm coragem de declarar seus sentimentos.

No momento em que o criador, pai amoroso e bom, vem requisitar nosso ente querido, e este viaja com destino ao mundo espiritual, muitas vezes fazemos como aquele esposo e gritamos com todas as forças que nós o amamos, mas é demasiadamente tarde...

Para que você não fique com uma declaração de amor presa na garganta, diga hoje mesmo o que você sente pelos seus afetos.

Diga ao seu filho o quanto você o ama.

Fale para os irmãos que eles são importantes para você. Talvez a felicidade deles dependa dessa declaração.

Confidencie aos seus pais que você os ama, se é que ainda não o fez. Isso lhes trará uma alegria inesperada.

Não esconda dos seus amigos o que você sente por eles. Talvez eles desconheçam seus sentimentos de ternura.

Abrace seus avós, se ainda os tem por perto. Um abraço de neto representa o maior dos tesouros. E, talvez, o melhor dos remédios.

Confesse ao seu esposo ou a sua esposa o seu amor. Isso fará com que o relacionamento se torne mais agradável e os eventuais problemas se tornem mais fáceis de superar.

Pense nisso e tome uma atitude agora. Conjugue o verbo amar no tempo presente.

Pense nisso!

Uma palavra de ternura, um gesto de carinho, uma declaração de amor, são imensa força positiva para a auto-estima de alguém que se sente só ou em depressão.

Às vezes pensamos que as pessoas sabem o que sentimos por elas e por isso não dizemos, mas nem sempre elas adivinham.

Na dúvida, não deixe de declarar seus sentimentos de afeto. Essa atitude trará bem-estar aos seus amores e também a você.

Pense nisso!

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em texto intitulado "Oh, how i loved her", de Hanonch Mccarty, encontrável na página:

http:www.tribuneindia.com/200320030427spectrumlessons.htm

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