Momento Espírita
Curitiba, 24 de Novembro de 2024
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ícone Música de amor

Lester era filho de um pastor de uma pequena cidade.

Recebeu uma sólida educação, em que os valores da autoconfiança e da determinação se aliavam à alegria dos aspectos criativos da vida.

Ele amava a música e para pagar suas aulas de piano, trabalhava cortando lenha.

Vieram os anos da depressão americana e puseram fim aos estudos da Faculdade e à sua carreira musical.

Aos trinta anos, ele se casou e deu início à doce harmonia doméstica de um pequeno lar e uma família.

O seu interesse pela música nunca cessou. Sempre que podia, ele ouvia e estudava os grandes compositores clássicos. No entanto, não tinha muitas oportunidades de exercitar os seus talentos.

Com contas para pagar e a perspectiva de aumentar a família, ele nem podia pensar em adquirir um piano.

Em 1942, foi convocado para a guerra e enviado para os campos de batalha, na Europa.

Todos os dias, em meio aos horrores da guerra, Lester encontrava tempo para escrever para sua querida Frances.

Sentia saudades dela e do homenzinho, como chamava o filho recém-nascido, que morava na pequena mansão, um título pomposo dado à sua casa modesta.

Aquela correspondência, tão valiosa e cuidadosamente guardada, era lida e relida por Frances, que aguardava, ansiosa, a chegada da próxima carta.

Lester remetia todo o dinheiro que podia para sustentar sua família e ela trabalhava meio período como enfermeira para complementar o orçamento.

A economia era a nota constante. Ela comprava o suficiente para as necessidades básicas e com suas orações pedia proteção continuamente para o seu marido.

A guerra terminou e, no mês de março de 1946, Lester retornou para a sua pequena mansão.

Uma grande surpresa o aguardava. Uma verdadeira dádiva de amor. Frances guardara todos os cheques que ele enviara, cuidadosamente, para comprar um presente que alimentaria a alma do seu amado.

Renunciando ao próprio conforto, ela poupara quase tudo, a fim de adquirir um piano para ele. Na verdade, era uma espineta, um instrumento de cordas semelhante ao cravo.

Mas, para Lester era o melhor e o mais belo piano de concerto do mundo. Era o saldo da renúncia máxima de uma mulher.

O instrumento se tornou um símbolo de amor. Seus netos o guardaram com zelo e quando se sentam para tocá-lo têm a sensação de que trazem de volta à vida a história da família.

É como se ouvissem o velho avô tocando canções de ninar para seus filhos, sinfonias arrebatadoras de Beethoven para a sua avó e músicas alegres para dançar.

Cada nota do instrumento transmite o amor que Frances e Lester sentiam um pelo outro, pelos filhos e pelos netos.

Eles partiram para a Espiritualidade mas legaram aos seus amores uma lição imortal: a do amor que supera a amargura, a distância, o tempo e a vida física.

Também uma lição de renúncia e de espera pacífica.

Afinal, quando se tem amor no coração, a necessidade do outro está sempre em primeiro lugar.

Isso demonstrou Lester, renunciando em favor da família. Isso lecionou Frances renunciando em favor do amado.

Exemplos para serem pensados...

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Música de amor, de
Corrie Franz Cowart e no cap.
Lições de vida aprendidas com um casal
de periquitos de Vickie Lynne Agee, da obra Histórias para o coração da
mulher, de Alice Gray, ed. United Press.

Em 18.6.2021.

 

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