Momento Espírita
Curitiba, 12 de Março de 2025
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ícone Humano e Divino

Giorgio Vasari, conhecido principalmente por suas biografias de artistas italianos, escreveu:

De tempos em tempos, o céu nos envia alguém que não é apenas humano, mas também Divino, de modo que, através de seu espírito e da superioridade de sua inteligência, possamos atingir o céu.

Entre esses, com certeza, se inclui Leonardo da Vinci, vindo ao mundo em 15 de abril de 1452, perto de Florença.

O extraordinário e diversificado talento de Leonardo manifestou-se nos primeiros anos de vida.

Belo e forte, era excelente esportista, ótimo nadador e cavaleiro. Engenhoso artesão e mecânico.

Logo revelou seus dons inventivos. O desenho e a pintura também atraíram seu interesse, demonstrando seus dotes artísticos.

Era tido, por seus contemporâneos, como um arquiteto perigosamente ousado e um louco cientista.

Sobre um ponto, no entanto, todos se viam obrigados a concordar: Leonardo era um argumentador fascinante, um polido conversador, um contador de histórias "mágico" e fantástico, um gênio da palavra acompanhada da mímica.

Falando da ciência, fazia calar os cientistas. Argumentando sobre filosofia, convencia os filósofos. Inventando fábulas e lendas, conquistava os favores e a admiração das cortes.

Sempre, e em qualquer lugar, Leonardo era o centro das atenções. E jamais decepcionava seu auditório porque tinha, todas as vezes, alguma história nova para contar.

Possuía uma reserva inesgotável de historietas. Eram ditos espirituosos, fábulas e apólogos de bom gosto literário e conteúdo moral.

Suas fábulas passavam rapidamente de boca em boca, com as inevitáveis variações da repetição oral, e os invejosos procuravam em vão as fontes tradicionais de suas histórias.

Da sua engenhosidade nasceram as máquinas de nossa civilização, desde a bicicleta até o avião e o submarino.

E a ciência tem em Leonardo da Vinci, em termos de observação da natureza, seu pai espiritual.

Pois essa criatura admirável, em seu livro Das profecias, escreveu: O homem é o destruidor de todas as coisas criadas.

*   *   *

Nunca, como hoje, na longa História de nosso planeta, uma afirmativa foi mais verdadeira e tão tragicamente atual.

Nosso século, que vê o homem voar como os pássaros, e emigrar para outros planetas, também assiste a cenários tristes de destruição.

Por onde passa, o homem deixa as suas pegadas destrutivas.

Vai à praia e a enche de latas, garrafas, lixo de toda espécie. Polui rios e mares, interferindo na vida aquática.

Transita pelas estradas, que cortam as florestas ao meio, lançando toda sorte de detritos.

O homem, tido como o senhor da Criação, estabelece a caça e a pesca como lazeres predatórios, esquecendo-se de que todo abuso redundará em carência, logo mais.

E, se destrói o que está em seu entorno, projeta para si próprio uma vida de muitas dificuldades.

Isso porque a natureza responde à agressão com temperaturas extremas, com falta d'água, com terras áridas, onde antes abundavam as searas.

Se Deus envia pessoas especiais para nos apontar coisas Divinas, sinalizando as venturas de que podemos gozar, atentemos para o que nos prescrevem.

Repensemos nossas atitudes. Ainda há tempo de reconstruir, de refazer caminhos, de revigorar uma Terra exaurida e explorada, sem limites.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base em
 dados biográficos de Leonardo da Vinci.
Em 10.3.2025

 

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