Momento Espírita
Curitiba, 22 de Fevereiro de 2025
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ícone Liberdade de escolhas

Você tem ideia de quantas escolhas faz todos os dias?

De acordo com pesquisas recentes, fazemos, em média, trinta e cinco mil escolhas diárias.

Se considerarmos as oito horas de sono, são feitas por volta de duas mil escolhas por hora.

Mais de duzentas e vinte delas são relacionadas à comida.

Estamos sempre escolhendo. Vivemos tomando caminhos e deixando outros de lado.

Podemos dizer que somos relativamente livres nesse nosso processo de escolha.

Uma criança é menos livre do que um adulto, obviamente.

Sabemos que uma criança não pode fazer certas escolhas. Por isso, os responsáveis as fazem por ela.

Conforme ela vai crescendo sua liberdade de escolha vai aumentando.

Há outro termo que se usa para essa tal liberdade de escolha, liberdade de escolher os seus próprios caminhos: livre-arbítrio.

O livre-arbítrio é uma das potências da alma, uma liberdade especial que temos, estabelecida nas leis de Deus, que nos concede a faculdade de pensar e agir, conforme o nosso discernimento.

Como consequência, assumimos completa responsabilidade por nossas escolhas.

Isso significa que, quanto mais livre-arbítrio, mais responsabilidade.

Voltando a pensar nos pequenos fica mais fácil de entender. A criança, dando seus primeiros passos, tem pouca liberdade e pouca responsabilidade.

Se causar um acidente e acabar machucando alguém, será facilmente compreendida. Não tem discernimento, não tem responsabilidade sobre as consequências dos atos.

Mas, as crianças crescem, se tornam jovens. Conhecem as regras do jogo. Sabem, por exemplo, a que horas devem voltar para casa.

Eles têm o livre-arbítrio de obedecer ao que foi combinado ou não. Se abusarem, lidarão com as consequências.

Até certa idade, os pais regulam a alimentação dos filhos, escolhem a que lhes seja adequada. E até a quantidade.

Depois de um tempo, esse controle passa a ser de cada um.

Como adultos, fazemos esse tipo de escolha e arcamos com as consequências: O que comer? Quanto comer? Ceder ou não à gula, ou àquele desejo de um alimento que vai nos fazer mal?

Escolhas e consequências...

Há, ainda, um aspecto a se pensar sobre a liberdade de escolha: se realmente somos nós que estamos escolhendo ou se estamos cedendo a outros fatores.

Num mundo de tantas ofertas, de tantas influências em nossa vida, de grupos sociais que ditam o que é certo e o que errado, o que é lindo e o que é feio, pensemos: Quem realmente está escolhendo?

Importante mantermos nossa autonomia e nossa autenticidade.

Não há problema em ceder a um movimento da moda, mas tomemos cuidado se isso não se torna uma constante que nos faz perder o sermos autênticos.

Do que realmente gostamos? O que realmente teríamos escolhido se não fosse a pressão social ou o desejo de parecer dessa, ou daquela maneira?

As forças externas são muitas. Querem vender de tudo. Querem manipular nossa vontade para fins mercantilistas e ideológicos. Tenhamos cuidado.

Lembremos: as escolhas são nossas. O livre-arbítrio será sempre nosso.

Redação do Momento Espírita
Em 17.2.2025

 

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