O prêmio seria uma enorme quantia em ouro, pedras preciosas, além de títulos de nobreza.
Seria premiado aquele que conseguisse responder às três questões: Qual é o lugar mais importante do mundo? Qual é a tarefa mais importante do mundo? Quem é o homem mais importante do mundo?
Sábios e ignorantes, ricos e pobres, crianças, jovens e adultos se apresentaram, tentando responder às três perguntas.
Para desconsolo do rei, nenhum deles ofereceu uma resposta que o satisfizesse.
Havia no reino um homem considerado, por todos, muito sábio. Como não o atraíssem as fortunas nem as honrarias da Terra, não se apresentou.
Entretanto, o rei o convocou para ir à sua presença e responder suas indagações.
Assim, apresentou-se, respeitosamente, o velho sábio e respondeu ao soberano:
O lugar mais importante do mundo é aquele onde a pessoa está. O lugar onde mora, vive, cresce, trabalha e atua é o mais importante do mundo.
É ali que deve ser útil, prestativa e amiga. Esse é o seu lugar.
A tarefa mais importante do mundo não é aquela que a pessoa desejaria executar, mas aquela que deve realizar, deve fazer.
Pode acontecer que esse trabalho não seja o mais agradável e bem remunerado do mundo. Mas é aquele que lhe garantirá o próprio sustento e da sua família.
É aquele que lhe permitirá desenvolver as potencialidades que existem dentro dela. É aquele no qual poderá exercitar a paciência, a compreensão, a fraternidade.
Se a pessoa não tem o que ama, importante que ame o que tem. A mínima tarefa é importante. Se falhar, se se omitir, ninguém a executará em seu lugar, exatamente da forma e da maneira que ela o faria.
Finalmente, respondo a vossa majestade que o homem mais importante do mundo é aquele que precisa do outro, porque é ele que lhe possibilitará a concretização da mais bela das virtudes: a caridade.
A caridade é uma escada de luz. E o auxílio fraternal é oportunidade iluminativa. É a mais alta conquista que o homem poderá desejar.
O rei ouviu as respostas ponderadas e bem fundamentadas, agradecido.
Para sua própria felicidade, descobrira um sentido para a sua vida, uma razão de ser para os seus últimos anos sobre a Terra.
* * *
Muitas vezes, pensamos em como seria bom se tivéssemos nascido em um país com menos inflação, com menos miséria, sem taxas tão altas de desemprego, gozando de melhores oportunidades.
Outras vezes, nós nos queixamos do trabalho que executamos todos os dias, das tarefas que temos, por achá-las sem importância.
Desejamos que determinadas pessoas, de evidência social ou financeira, pudessem estar ao nosso lado para nos abrir caminhos.
Contudo, tenhamos certeza: estamos no lugar certo, na época correta, com as melhores oportunidades, com as pessoas de que necessitamos para nossa evolução.
Pensemos nisso. Mas pensemos agora.
Redação do Momento Espírita, com base em texto intitulado Sabedoria,
de autoria ignorada, publicado no mensário espírita O sol nascente,
de setembro/2001, nº 390, ano XXXII e no verbete Sabedoria, do livro
Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 30.11.2024
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