Momento Espírita
Curitiba, 27 de Novembro de 2024
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ícone O condimento precioso

Abundante na natureza, o sal tem singular capacidade de interferir no ambiente onde se encontra, conforme a sua dosagem e qualidade.

Tomando-o como exemplo, Jesus nos legou uma mensagem bela e profunda, quando nos exortou a sermos o sal da Terra.

Trata-se de um claro convite para fazermos a diferença nos lugares por onde jornadeamos, marcando amorosamente a vida dos que nos cercam, jamais lhes ficando indiferentes.

É combatermos o sofrimento de nossos irmãos, sendo-lhes esteio sempre que se nos apresente a oportunidade abençoada.

Ao mesmo tempo, não nos deixarmos contaminar, ante a revolta e a indignação alheias, conservando a nossa essência, exatamente como o precioso condimento.

Pensando nesses termos, é de nos indagarmos se nossa presença tem contribuído para transformar o ambiente em que vivemos.

Somos daqueles que levam o tempero equilibrado da alegria, do otimismo e da esperança aos irmãos de caminhada, cujo prato da existência, por si só, se apresenta carregado do sal das amarguras?

Nossas atitudes criam oásis de bênçãos ou desertos de sofrimentos nas paragens humanas?

Temos sido o sal do bem na dosagem amorosa, alimentando as almas de esperança, ou somos a dosagem temerária, comprometendo o sabor da convivência, e transformando as horas de convívio em disputa ou guerra silenciosa?

Somos o sal da razão, do equilíbrio, fonte generosa de bons conselhos, de paciência, determinação e brandura, ou somos o espinheiro das sugestões intempestivas e do caminho leviano?

*   *   *

Jesus, respeitando a individualidade e o momento de cada um, exemplificou como ser o sal da Terra, a todos convidando à transformação íntima.

Ao moço rico, pediu que abandonasse as ilusões do mundo e O seguisse, oferecendo-lhe o sal da verdade e da vida eterna.

Ao doutor da lei, narra a parábola do bom samaritano, e pergunta quem foi o próximo do viajor anônimo, espancado e deixado à beira da estrada, convidando-o a se tornar o sal da caridade.

A Joana de Cusa, sugeriu que retornasse ao convívio do marido egoísta e indiferente, tornando-se o sal da indulgência e da compreensão.

A Maria de Magdala, apresentou a face do amor verdadeiro, a fim de que se tornasse o sal amoroso da maternidade aos órfãos e esquecidos pela aridez dos corações humanos.

Ao incrédulo Tomé, pediu que lhe tocasse as chagas, elogiando o sal da fé de todos os que não necessitam de provas para nele crer.

À mulher samaritana, apresentou-se como a água viva, convidando-a para nela saciar sua sede ansiosa de vida.

Preparou Seus discípulos para que saíssem a pregar o Evangelho, tornando-se o sal da esperança dos filhos do Calvário.

*   *   *

Todos somos convidados, cada um a seu tempo, de conformidade com os talentos adquiridos, a sermos o sal da Terra onde estagiamos para nosso progresso moral.

Compete-nos não nos deixarmos contaminar pelas ilusões do mundo, transmitindo, pelo nosso bem proceder, o sal da mensagem consoladora do Evangelho, que se multiplica em pão da vida às almas carentes, para a glória de Deus e nossa própria redenção.

Redação do Momento Espírita.
Em 26.11.2024.

 

 

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