Momento Espírita
Curitiba, 30 de Novembro de 2024
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Quantos desafios a vida nos apresentou no dia de hoje?

Desde o momento do despertar até agora.

Para alguns o sair da cama diariamente é um grande desafio. Não falamos daqueles que temos a conhecida preguiça da manhã, mas dos que sofrem distúrbios psicológicos como depressão, pânico ou alguma de suas vertentes.

O desafio seguinte é o da convivência diária, de resolver as primeiras questões, lidar com os humores nem sempre previsíveis desta ou daquela pessoa e mesmo o nosso.

Lidar com horários, compromissos, pessoas estranhas, trânsito, má educação.

E seguem os desafios se sucedendo...

Alguns, mal acordamos e já precisamos cuidar de alguém doente. E outros nem dormimos bem à noite, velando o sono de outra pessoa.

A vida é feita de desafios. Já percebemos isso?

A alma sábia, ao invés de perguntar: Meu Deus, por quê? Questiona: Meu Deus, para quê?

O primeiro questionamento usualmente é o da revolta, da falta de fé daqueles que nos acreditamos vítima dos acontecimentos da existência.

O segundo questionamento, alterando a devida entonação, é o do Espírito resignado, que quer entender os objetivos de tudo que se passa consigo, para aprender.

Resignação e aceitação não são posturas passivas. São posturas inteligentes e ativas.

Buscamos entender o que nos acontece, relacionamos isso com as nossas necessidades, dando o devido peso a cada acontecimento, a cada fato e dali retiramos a lição preciosa.

O imperador romano Marco Aurélio, grande filósofo estoico, afirmou: Tudo aquilo que nos incomoda é ensinamento.

Os desafios da vida são provas, são lições, e precisam ser tratados dessa maneira.

Quase sempre os consideramos fardos, estorvos, que precisamos eliminar o quanto antes para voltar ao nosso estado de conforto ou felicidade.

Se fizermos isso e a lição não for aprendida, é como entregar uma prova em branco na escola. Ou faltar no dia da avaliação.

Somente através dos desafios é que as experiências se apresentam valiosas, significativas, porque cada um deles se transforma em impedimento que foi transposto, vencido, dando-nos direito a uma real conquista.

Pode parecer estranho, mas ninguém deve aspirar por tranquilidade antes de conseguir os valores que a proporcionem, sendo natural que as dificuldades caminhem lado a lado com as conquistas evolutivas.

Toda marcha, por si mesma, impõe esforço, obediência ao programa, paciência para vencer os trechos a percorrer.

Naquela que diz respeito à conquista dos tributos espirituais, mais complexos e variados são os testes que vamos encontrar à frente.

Por isso, não maldigamos os desafios, nem fujamos deles antes da hora.

São eles que estão nos tornando maiores. São eles que estão robustecendo nossa força moral.

A árvore que se nega à tempestade não enrijece o tronco, da mesma forma que os metais que se recusam às altas temperaturas, na umidade são devorados pela ferrugem e a oxidação.

Que venham os desafios.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 6, do livro
Vitória sobre a depressão, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
 psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 22.11.2024

 

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