Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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Se nos imaginarmos carregando chumbo, arrastaremos os pés, em vez de os movimentar.

Se julgarmos que nossos braços doem, assim os sentiremos, como se estivessem realmente machucados.

Por outro lado, se os pés e mãos estiverem efetivamente prejudicados por algum trauma ou questão de saúde e se nos convencermos de que estão robustos e livres, poderemos manejá-los de forma surpreendente.

Sugestões. Esse é o poder das sugestões.

Elas vagam daqui para ali e nos invadem a emotividade, principalmente através do olhar e da audição, em todas as províncias da atividade humana, chamando-nos a atenção.

Razoável considerar, contudo, que a mais poderosa de todas elas, a que virá em último lugar antes de toda influência, é a autossugestão.

A autossugestão assume importância para nós, de vez que se recolhemos a ideia que nos alcança, nessa ou naquela ordem de assuntos, passamos, de imediato, a valorizá-la e até a supervalorizá-la com os recursos de nossa imaginação.

Daí em diante, é impossível estimar até que ponto lhe suportaremos a atração e a influência.

Estamos falando dos pensamentos em forma de sugestões, que nos surgem constantemente.

Importante selecionar as opiniões, os juízos, as lembranças, os temas que nos chegam pelas conversas, leituras e entretenimentos.

Cada inteligência é um centro de ação atuante e fermentativa na coletividade.

Se não aprendemos a usar o crivo da razão para reter o bem e alijar o mal, somos suscetíveis de nos tornarmos joguetes da perturbação e das trevas sem perceber.

Notemos, por exemplo, o que acontece com nossa mente, quando gastamos, sem perceber, dez, quinze minutos, apenas alimentando a curiosidade numa rede social com seus vídeos curtos e chamativos.

O que aqueles conteúdos fazem em nosso íntimo? O que despertam? O que sugestionam?

Talvez possamos dizer: Mas eu posso escolher, em minha mente, o que é bom para mim e o que não é!

Não é tão simples assim. Depois que o lixo entrou, imaginemos o trabalho que dará a sua retirada. A mente é mais complexa do que imaginamos.

Importante trabalhar na seleção prévia, sem nos permitirmos cair nas malhas de ambientes que naturalmente são mais prejudiciais do que saudáveis.

E, quando percebermos algum pensamento indesejado, algum conteúdo mental que esteja nos fazendo mal, é hora de assumir o leme.

Somos a única autoridade capaz de permitir ou não o trânsito desse ou daquele pensamento nas vias da própria alma.

Importante substituir as ideias perniciosas por outras renovadoras. Inundando a mente com bons pensamentos, não haverá espaço para aqueles inconvenientes.

Procuremos nos autossugerir todos os dias. Digamos, de antemão, o que queremos para nosso dia, como será nossa postura, como iremos enfrentar as adversidades.

Percebamos, com mais clareza, os conteúdos mentais que são nossos e os que não são.

Afirmemos que somos felizes, sempre que possível. Afirmemos que somos capazes, que somos filhos do amor em processo de educação.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 26,
do livro
Sol nas almas, pelo Espírito André Luiz,
 psicografia de Waldo Vieira, ed. CEC.
Em 8.11.2024.

 

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