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No Antigo Testamento bíblico, a expressão servo de Deus é utilizada para designar profetas, reis, pessoas de importância, a quem cabe a realização de certas tarefas.

Encontramos em diversas religiões a mesma expressão para designar sacerdotes, pastores, religiosos que se dedicam à propagação do culto de sua fé.

Importante que alarguemos a visão, que ampliemos o entendimento. Afinal, servo de Deus é toda criatura que lhe cumpre a vontade, que se esforça, na Terra, para realizar o bem.

Servos de Deus, lemos em um folheto, são os que usam macacões, botas, aventais.

E lembramos de tantos trabalhadores que dirigem tratores e máquinas pesadas, abrindo estradas para melhorar a nossa mobilidade por rodovias amplas, bem projetadas e seguras.

Trabalhadores que adentram laboratórios para o estudo de vírus e micróbios, na tentativa de descobrir vacinas e medicamentos que debelem as suas ações deletérias.

Quando os vemos, parecem seres de outra dimensão, com uniformes que os cobrem da cabeça aos pés, calçados e luvas protetoras.

Servos de Deus são todos os que têm mentes que planejam cidades, desenham edifícios soberanos, estruturam locais para melhor servir a todos.

São os que trabalham a Terra, lançam as sementes e esperançosos contam com que o clima inclemente não lhes destrua a floração ou arrase a produção prestes a ser colhida.

São os que persistem, não desistem, insistem. Homens de coragem. Homens de fé.

São os que acondicionam devidamente frutas, legumes, cereais, grãos de toda espécie. Também os que armazenam, transportam, comercializam. Os que contribuem para que tudo nos chegue à mesa.

Servos de Deus são todos os que compreendem, toleram, respeitam seus semelhantes.

Têm olhos de ver e ouvidos de ouvir. Auscultam a necessidade alheia, a dor silenciosa, o pedido de socorro jamais pronunciado.

Servos de Deus são os que ensinam a criança, na descoberta do alfabeto, dos números. Os que se demoram a ensinar os pequenos que existe um Deus que a tudo governa, tudo fez e a todos ama.

Um Deus que abre a cortina das manhãs, esparramando a luz e o calor do sol. E, no cair das tardes, torna a fechá-las, não antes de espalhar astros faiscantes, estrelas, pelo firmamento e convidar a lua a mostrar sua cara enigmática e sonhadora.

Servos de Deus são todos os que têm coração que ama, que se compadece, que tolera, que perdoa.

Quem quer que viva na Terra, abraçando seu dever a cada dia, grandioso ou de somenos importância, é servo de Deus.

Pais, mães, educadores, cientistas, artistas, engenheiros, arquitetos, sábios e ignorantes que contribuem com seu trabalho para algo bom, útil, belo, são servos de Deus.

Quem rega a planta, quem colhe a flor, quem limpa o lar, quem prepara o alimento, quem agradece o pão, o ar, é servo de Deus.

Aquele que ao outro ensina a orar, nos dias claros ou na noite escura, nas horas de alegria e nos momentos de desolação.

Enfim, somos servos de Deus todos os que colaboramos com a obra do Criador. Todos os que contribuímos, de alguma forma, para o bem-estar da Humanidade.

Redação do Momento Espírita
Em 30.10.2024

 

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