Momento Espírita
Curitiba, 17 de Novembro de 2024
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Corriqueiramente, chegam até nós, através dos meios digitais, algumas frases singulares que nos remetem a reflexões sobre o sentido da vida ou das atitudes frente a desafios.

Lemos, recentemente, um ditado atribuído à sabedoria oriental que dizia que O homem só envelhece quando os lamentos substituem os sonhos.

Lembramo-nos de outro que dizia que O homem morre no dia em que perde a capacidade de aprender.

Percebemos a sabedoria popular traduzindo, nesses ditos, os problemas cotidianos que todos enfrentamos ao longo da existência.

Vivemos dias mais ou menos tristes, com aquelas pequenas contrariedades que vão minando, ardilosamente, as nossas forças.

São uns pequenos nadas com os vizinhos, os amigos, no trabalho, em família, que parecem pequenas agulhadas que causam feridas que estão sempre abertas.

Parece, realmente, que nunca temos paz.

Isso acontece porque, com raríssimas exceções, buscamos a paz fora de nós e esquecemos que ela é uma conquista interior.

O fato de vivermos num mundo, onde a maioria da população luta valorosamente para dar conta das dificuldades da vida material, é um fator de inquietações.

Aí nos rendemos aos lamentos. Sem nos darmos conta, estamos nos queixando por este ou aquele problema o tempo todo. Problemas que nem sempre são grandes, mas nós os tornamos enormes.

Os amigos e os familiares se afastam, porque é penoso viver ao lado de alguém que lamenta todo o tempo.

Como fugir dessa armadilha e encontrar motivos para viver e sonhar novamente?

Cada um pode achar, à sua maneira, o caminho dos sonhos que abandonou na juventude ou na infância, ou encontrar outros na mocidade, ou na madureza.

Explorar novas facetas da vida, fora da nossa atuação cotidiana, deixando de focar apenas em nós mesmos, pode auxiliar a nos libertarmos da armadilha dos queixumes.

Podemos nos propor a estudar mais, dedicarmo-nos a aprender um idioma novo, fazer aulas de canto, frequentar um clube de leitura.

E há a excelente possibilidade de doar parte do nosso tempo para uma causa ou um propósito, em que necessitem de voluntários.

Pequenas coisas que podem valorizar nossas horas: visitar doentes nos hospitais, montar um jardim em casa, cultivar flores.

Praticar uma atividade física que nos proporcione prazer. Ou apenas caminhar observando a natureza, o azul do céu, o verde das árvores, descansando a mente, sempre acelerada.

*   *   *

Lamentarmo-nos contra todas as contrariedades é rebelar-nos contra as leis divinas, que nos colocam no lugar certo com as pessoas certas para nosso progresso.

Sonhar é perseguir o futuro no presente, é dar direção a um propósito, é mirar fronteiras além do hoje.

Uma mente saudável necessita de estímulo. Necessita ser positiva. Lamentarmos continuamente é o caminho para dilapidarmos a saúde.

O tempo é o tesouro que recebemos da Divindade, por empréstimo, para bem nos servirmos dele.

Todo dia, a qualquer hora, é tempo de mudar, abandonando o vício da lamentação, propondo-nos a viver uma vida produtiva, útil, mais feliz.

Redação do Momento Espírita
Em 23.10.2024

 

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