Quando pensamos em matricular nosso filho na escola, desejamos aquela que menos exija esforços e dedicação?
Procuramos aquela com menos horas de estudo, menos matérias, menos tarefas, exigências mínimas?
E quando nós nos dispomos a frequentar um curso, desejamos aquele que menos exija de nossa parte?
Cremos que a resposta unânime é a negativa.
Afinal, entendemos que para aprender algo novo, desenvolver outras competências, saberes e adquirir conhecimentos, é necessário empenho.
Entendemos a necessidade de investimento pessoal em termos de tempo e dedicação para alcançar o que nos propomos.
Ao frequentar o colégio, nosso intuito é crescer em intelecto, saber.
Ao fazer um curso superior, esperamos concluí-lo mais maduros, mais capazes.
Essa mesma lógica podemos aplicar para nossa existência.
Viver não é nada simples nem trivial.
Exige-nos persistência, vigor, em vários aspectos.
As necessidades materiais da alimentação, da moradia, da manutenção da saúde pedem que nos preparemos para andarmos com os próprios pés.
Isso nos convida aos estudos e ao aperfeiçoamento que nos conduzem à qualificação e ao trabalho.
A vida profissional permite nos desenvolvamos intelectualmente. Ao mesmo tempo possibilita-nos o florescimento de virtudes e valores.
Das exigências disciplinares, dos compromissos, dos prazos a cumprir, forjamos o sentimento da responsabilidade e do dever.
A convivência com colegas de trabalho, com clientes e fornecedores nos permite o melhor entendimento das diferenças e a construção da empatia, da tolerância e do respeito para com o outro.
Porém, além das necessidades materiais, dos compromissos de variada ordem que nos cabe equacionar, a vida ainda nos impõe desafios de ordem emocional.
Viver em sociedade nos convida, diariamente, a burilarmos nossa maneira de ser, de manifestarmos nossas estratégias de trabalho, de acatarmos ideias alheias.
Situações de variada ordem se apresentam a cada dia. Algumas que nos parecem difíceis de contornar, outras que nem sabemos como tratar, como resolver.
São desafios que nos convidam a avançar, a burilar emoções, a trabalharmos virtudes que nem imaginávamos existissem em germe em nós.
Nada disso é fácil e corriqueiro.
Tudo nos requer esforço nessa imensa escola em que nos matriculamos, ao nascer.
Cabe-nos enfrentar as vicissitudes próprias do planeta, que ora se apresentam com calor ou frio excessivos, em alternâncias de secas prolongadas e chuvas incessantes.
Ao enfrentarmos cada situação adversa, nossa criatividade será posta à prova, nosso intelecto será convidado a pensar e estabelecer condições de melhoria para que não se reprisem problemas graves.
A vida é um curso de nível superior, com graduação, mestrado, doutorado, uma infinidade de degraus que nos remetem ao progresso incessante.
Dessa maneira, passemos a ver nos problemas e nas dificuldades oportunidades de crescimento, de melhoria.
Tenhamos em mente que cada hora, cada problema é nova lição, aquela que ainda não assimilamos e que nos requer atenção, esforço.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita
Em 16.9.2024
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