Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Uma vida com propósito

É comum nos perguntarmos por que, afinal, nós nascemos, neste mundo de tantas dificuldades, pleno de reveses.

Por que precisamos enfrentar tantas lutas, a cada dia, para a própria sobrevivência?

Pensadores, filósofos se esmeram para entender qual o propósito da vida, algo significativo, que transcenda às necessidades básicas do simplesmente viver.

Nesse aspecto, uma comunidade localizada na ilha de Okinawa, a maior do arquipélago japonês de mesmo nome, chama a atenção.

Nessa comunidade, os moradores não somente vivem até avançada idade, mas envelhecem com alegria, saúde e bem-estar.

Para justificar a qualidade de seu envelhecimento afirmam eles que seguem a filosofia Ikigai.

Em tradução livre, podemos entender como a razão de ser, ou seja, a capacidade de entrelaçarmos quatro fatores na vida.

O primeiro deles é a paixão.

Segundo essa maneira de encarar a vida, Ikigai, a paixão fala do que amamos fazer e a isso nos dedicamos.

Pode se tratar de uma atividade profissional ou algo a que nos dediquemos em nossas horas de lazer, como a execução de um instrumento musical, a dança, o canto, um esporte.

Pode ser a adesão a um voluntariado em área que verdadeiramente amemos.

O segundo fator nos remete a fazer bem o que amamos, o que é bastante natural. Se amamos, nos dedicamos a realizar da melhor forma possível, sempre nos aprimorando.

O terceiro aspecto é aquele em que nos sentimos recompensados porque somos remunerados pelo que amamos e fazemos bem.

A remuneração pode ser em valores amoedados ou a recompensa de ver brotarem sorrisos em rostos tristes, em semear venturas onde a aflição fazia morada.

Recompensa plena.

Finalmente, o quarto aspecto é o encontro da missão pessoal. Ela surge a partir do entrelaçamento entre o que amamos, o que fazemos muito bem e a descoberta de que isso é importante e necessário para o mundo.

Imaginemos fazer o que nos dá prazer e sabermos que isso é importante para o mundo.

Como é gratificante sabermos que a profissão ou o voluntariado cria condições melhores para a comunidade onde vivemos, para a sociedade, para o mundo.

A música que amamos, em cuja execução nos esmeramos é aquela que oferece momentos de êxtase a quem nos escuta.

A alegria da missão. Os pássaros cantam nos céus, nas florestas. Nós enchemos o mundo com melodias para alegria de corações.

Como médicos, nos alegramos com o alívio das dores que proporcionamos. Como engenheiros, arquitetos, pedreiros ficamos felizes em construir casas para abrigar famílias, erguer pontes para diminuir distâncias.

Professores, nos sentimos imensamente felizes ao revelar os segredos das letras, dos números, das fórmulas químicas para descobrir, depois, que nossos alunos multiplicam esse saber, em suas variadas profissões.

Amar, fazer bem, sentir-se remunerado, ser importante para o mundo, eis o objetivo da vida, uma motivação para nos erguermos a cada dia e prosseguirmos o labor da véspera.

Uma vida feliz que nos conduzirá para o galgar da escalada do progresso, finalidade primeira de nossa estada neste planeta.

Redação do Momento Espírita
Em 12.9.2024

 

 

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