Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Deus no coração

Desde tempos remotos o ser humano buscou a Deus.

Nunca houve cultura, povo, civilização que não cultivasse sua relação com a Divindade.

Por estar no imo da criatura humana, a percepção a respeito dessa força divina foi uma nota constante no caminhar da Humanidade sobre a Terra.

Imaturos, de início, os homens imaginaram a necessidade de sacrifícios para agradar aos deuses. E foram das ofertas dos frutos da terra e de seus animais às das vidas humanas.

Entendendo as manifestações da natureza como expressões de divindades diversas, assumiram essas forças como deuses que, como eles próprios, eram portadores de vaidades, paixões e vícios.

Com o tempo, essas ideias foram amadurecendo e migraram para o monoteísmo. Um só Deus a tudo presidia embora ainda portador de todas as paixões humanas.

Um Deus que amava e protegia a uns filhos e maltratava a outros. Um Deus que se enraivecia com as faltas cometidas por Seus filhos e os castigava de forma violenta.

Era o tempo em que o medo regia o relacionamento entre o divino e o humano.

Foi somente com a vinda de Jesus à Terra que tudo se esclareceu.

Foi Ele quem nos apresentou Deus como Pai amoroso e bom.

Um Deus que cuida de cada um de nós e de todos, da mesma forma que cuida das aves do céu e dos lírios do campo.

Aprendemos a chamá-lo de Pai, procurando estabelecer entre nós e Ele uma relação de amor e afetividade necessária para melhor compreendê-lO.

Mas, com vestígios das concepções antigas, que nos alimentaram a alma por muito tempo, continuamos a pensar em rituais e celebrações para manifestar nossa adoração a Ele.

Construímos lugares especiais em Sua honra e os chamamos sagrados.

Como somos bilhões, ainda expressamos nossa religiosidade das mais diferentes maneiras. Cada um, conforme concebe e entende que é esse Deus Pai.

Por isso, muitos sentimos a necessidade de manifestações exteriores.

E até pensamos que somente O podemos honrar em lugares determinados, com cerimônias, vestimentas e posturas especiais.

Naturalmente, todos podemos expressar nossa religiosidade da maneira que tenha mais significado para nós.

Porém, é imprescindível que ela tenha origem em nosso íntimo porque a mensagem de Jesus deve ser construída, essencialmente, em nossa intimidade.

Afinal, conforme ele mesmo ensinou, o reino de Deus não tem aspectos exteriores. Ele se encontra dentro de nós.

Essa a razão pela qual nos convida a buscar primeiramente o reino de Deus e Sua justiça, aguardando que tudo o mais nos seja acrescentado.

Dessa forma, poderemos buscar o Pai celeste no templo da nossa devoção, no altar da natureza ou do próprio coração.

Ou poderemos peregrinar por lugares ditos sagrados, banhar-nos em fontes consideradas particularmente abençoadas por Deus.

Tudo nos cabe respeitar, considerando que cada um de nós tem seu próprio entendimento a respeito do Pai de todos nós.

Não importará no entanto, onde estejamos, o que façamos, a que ritual nos submetamos, se não trouxermos Deus na intimidade do próprio coração.

Pensemos nisso e agasalhemos o Pai dentro de nós.

Redação do Momento Espírita.
Em 16.8.2024

 

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