Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Se todos perdoassem

Imaginemos que mundo maravilhoso seria a Terra se todos perdoassem!

Podemos pensar: Estamos tão longe disso! Ou ainda: Que bela utopia!

Pois bem, todo projeto se inicia com sua idealização, na mente ou no sonho.

A Terra viverá esse dia, confiemos. Não se trata de desejo, mas da certeza das leis maiores.

Enquanto isso, ficamos no plano da imaginação proposta pelos Espíritos do bem, que nos detalham os planos do perdão.

Se todos perdoassem, essa ventura grandiosa começaria em casa, onde todo companheiro de equipe doméstica perceberia que a experiência na reencarnação é diferente para cada um.  Por isso estaria disposto a agir em apoio aos seus irmãos de caminho.

Isso significa que para perdoar se faz necessária uma boa dose de compreensão, de entendimento, que começa no lar, que começa num olhar compassivo que enxerga cada um com suas particularidades, suas limitações, suas potências.

Embora numa mesma família, somos Espíritos do infinito, trazemos bagagens diversas, objetivos distintos. Há compromissos em comum, muitas vezes. Mas cada um é um.

A empatia está na raiz de todo movimento de perdão.

Não se trata de aceitar o mal, de passar a mão na cabeça ou fazer de conta que ele não existe.

Perdoar começa com o não aceitar o mal em nossa casa mental, não permitir que ele ressoe nas cordas íntimas da alma e encontre morada em nós.

Permitir-se o ressentimento prolongado é apenas aumentar a dor, é criar laços com uma ocorrência que nos machucou em algum nível, sem necessidade.

Perdoar é libertar-se desses sentimentos que apenas nos aprisionam.

Assim, se desejamos pensar em um mundo onde todos perdoassem, esse perdão precisa começar nos lares.

Em seguida veríamos outros resultados, por exemplo, no espírito de competição, no progresso das ciências, das artes e na efetivação dos negócios.

Desapareceriam o golpe e a vingança no intercâmbio entre as pessoas e instituições, com o respeito mútuo revestindo de lealdade os menores impulsos à concorrência, que se fixaria exclusivamente no bem com esquecimento do mal.

Se todos perdoassem, a guerra seria automaticamente abolida do planeta, de vez que o ódio seria erradicado das nações, com a solidariedade traçando aos mais fortes a obrigação do socorro aos mais fracos, não mais se verificando a corrida de armamentos. E com estímulo incessante à fraternidade entre os povos.

Se todos perdoassem, haveria melhoria na saúde geral. Haveria melhoria no equilíbrio e na longevidade.

A compreensão recíproca substituiria o ressentimento e o ciúme, que, além de tudo, são terrenos propícios à obsessão e aos transtornos mentais de toda natureza.

Não é fácil. Não será hoje, nem amanhã. Mas podemos começar agora com pequenos movimentos. Afinal, esse perdão aparentemente inatingível, começa com pequenas atitudes.

Desculpemos, procuremos nos colocar no lugar do outro, enxerguemos as pessoas com empatia, não julguemos com tanta severidade.

Lentamente perceberemos que estamos construindo as bases do perdão em nosso coração.

Façamos isso ainda hoje.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 20, do
 livro
Passos da vida, por Espíritos diversos, psicografia
 de Francisco Cândido Xavier, ed. IDE.
Em 10.6.2024

 

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