Todos somos instrumentos do Criador no socorro àqueles que padecem. Vivendo na Terra, constituímos uma grande família e nos compete nos auxiliarmos mutuamente.
Dotados de livre-arbítrio, que é a capacidade de decidir livremente nossos caminhos, estamos destinados à perfeição e à felicidade desde que saímos das mãos divinas.
É por isso que, todos os dias, temos renovada a oportunidade de fazer o bem, onde nos encontremos.
Para isso, algumas virtudes são como sementes preciosas, que devemos preservar, com a rega e o cultivo diários, para frutificarem e jamais perecerem nos espinheiros da indiferença.
Essas virtudes são o otimismo, a esperança, a alegria, a fé e a caridade.
Cabe-nos, dessa maneira, reconhecer o terreno necessitado de cuidados e identificar a virtude mais apropriada para protegê-lo da seca, da tormenta e do granizo destruidor.
Se acionarmos a virtude do otimismo poderemos proteger da amargura os que dividem conosco o recinto familiar, os bancos escolares, o ambiente de trabalho, os tantos espaços da sociedade.
Confrontando o pessimismo com uma atitude firme, mas compassiva, evitamos que a erva daninha do mal sufoque a flor tenra com os frutos amargos da melancolia.
Por sua vez, a esperança adoça a vida e luariza a fé.
Portadora de bálsamo que consola a alma, suaviza os ásperos dias daqueles que sofrem e coloca remédio salutar nas chagas do desânimo.
A virtude da alegria dissipa os ventos da tristeza e da incompreensão.
Une corações destoantes, aproximando pontos de vista e minimizando as vibrações negativas da desconfiança e da discórdia, venenos que infestam as relações do cotidiano.
Do mesmo modo, a fé, ao encontrar a colheita do desespero nas adversidades do dia a dia, é o pilar que sustenta o edifício da esperança.
Se primarmos por seu cultivo, nos canteiros do mundo, serviremos de exemplo para os que nos cercam.
E a caridade, como fonte que se oferece para dessedentar o campo dos corações em provação, sintetiza as demais virtudes, pois ela é, ao mesmo tempo, estimuladora da alegria, do otimismo, da esperança e da fé.
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Sejamos fiéis servidores e bons instrumentos da Providência Divina, assumindo a responsabilidade de não permitir que se perca qualquer semente que Deus nos oferece para o cultivo sábio e promissor.
A vida é um constante semear e colher na lavoura das provações e do aprendizado, conduzindo-nos pelos caminhos das existências corporais sucessivas, crescendo de contínuo, melhorando-nos a cada passo.
Estarmos atentos para descobrir se o irmão ao nosso lado enfrenta as agruras da desesperança, no torrão das provações a que fomos chamados, é virtude nobre que pouco nos custa e traz recompensas de felicidade ao próprio coração.
Cultivemos o otimismo, a esperança, a alegria, a fé e a caridade como sementes benéficas para os corações que peregrinam pela vinha terrena, a fim de que a vida, para todos, se faça de menos agruras e melhores resultados.
Redação do Momento Espírita
Em 10.8.2024
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