No mundo sempre houve quem semeasse loucuras e disparates.
Sempre existiram os senhores da guerra, os fomentadores do mal, os alimentadores da ignorância.
Em todos os tempos encontramos os que sentem prazer com os escândalos, com a indignidade e a vulgaridade.
Hoje o panorama não é diferente.
Temos, convivendo na atualidade, os que se alimentam da maldade, os que instigam o ódio, que apartam vidas e frustram ideais alheios.
Assim também era no tempo em que Jesus esteve entre os homens.
Por isso mesmo, Ele nos aconselhou a sermos mansos como as pombas. E prudentes como as serpentes.
Aqueles que estagiam no primarismo das emoções humanas, desconhecendo qualquer valor superior, espalham as dores que carregam por onde caminham.
E será natural que, em um momento ou outro, nossos passos cruzem com os de algumas dessas pessoas.
Poderão estar em nosso trabalho, articulando intrigas e semeando a desconfiança.
Ou no seio familiar, incentivando a fofoca e a maledicência.
Talvez os encontremos na vizinhança, implicando com tudo, exigindo muito de todos, sem nenhuma disposição para colaborar.
Não nos detenhamos perante suas limitações emocionais.
Ousados em seu estágio emocional, fazem muito barulho, perturbando todos ao seu redor.
Pelos transtornos que provocam dão a impressão de serem maioria e que a sua postura é a padronizada pela sociedade.
Mas isso não é verdade.
A maioria de nós está silenciosamente cumprindo seu papel na sociedade, colaborando para o seu progresso.
Somos na maioria bons profissionais, cientes dos nossos deveres e responsabilidades.
Em família, assumimos com zelo e amorosidade a maternidade e a paternidade, não descuidando de nossos pequenos.
Em resumo, estamos nos esforçando para fazer a parte que nos cabe, contribuindo para o crescimento e bem-estar geral.
E é somente porque o fazemos sem nenhum alarde, que temos a impressão de que somos poucos, ou quase inexistentes os bons e bem-intencionados.
Não nos deixemos convencer de que o mundo está pleno de pessoas más e em desequilíbrio.
Verdade que muito ainda temos a conquistar em nós mesmos.
Contudo, lembremos que tropeços morais são naturais na estrada do aprendiz, que é a situação de todos nós neste momento no planeta.
Mesmo assim, não nos permitamos deduzir que a Humanidade está perdida, que o mundo é um caos sem solução.
Não nos convençamos de tal disparate.
Permaneçamos firmes em nossos valores morais elevados, atuando pautados pelo respeito ao próximo.
E se a maldade alheia nos impactar, desestruturando-nos em algum momento, não revidemos.
Usemos de prudência para lidar com os maus, sem perder a mansuetude.
Sigamos o exemplo do Mestre de Nazaré que enfrentou os poderosos, corruptos e hipócritas, de maneira firme e direta, sem nunca ter se deixado contaminar ou perdido a doçura e a mansidão.
Seja Ele nossa referência, nestes dias difíceis, nos quais os maus ainda encontram grandes espaços para seus desequilíbrios.
Redação do Momento Espírita
Em 7.8.2024
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