É comum, em relação à questão da saúde, vivermos, quase sempre, procurando combater a doença, haja vista o número de remédios, farmácias, hospitais equipados com alta tecnologia para diagnóstico e tratamento, planos de saúde.
Por esses meios buscamos a libertação de nossos males. No entanto, continuamos doentes e mais ansiosos em nos vermos livres das doenças.
Novas doenças aparecem a cada dia, doenças milenares ressurgem com toda a força. Tudo isso acontece num momento em que a medicina conta com recursos avançadíssimos de diagnóstico e tratamento. Por que isso acontece?
Em uma abordagem profunda, querer se livrar da doença não significa a mesma coisa que buscar a saúde.
Desenvolver a saúde requer um movimento do indivíduo em direção a ela. Não é possível nos livrarmos da doença de fora para dentro.
Muito menos, através de uma atitude de ansiedade e inquietação no sentido de arrancá-la de nós, por meio de recursos externos.
Arrancá-la só nos trará um alívio temporário para que, posteriormente, possamos agir de outra maneira.
A causa das doenças, tanto as mentais quanto as físicas, está no Espírito doente que ainda somos, comprometidos com a ignorância e a ilusão, a rebeldia e a violência, o egoísmo e a negação do dever.
Todos esses fatores são geradores de sofrimentos, de enfermidades e dores.
O ser, então, sem a ética necessária ou o sentimento de superior eleição, atira-se nos cipoais dos conflitos que geram a desarmonia das defesas orgânicas.
Essas, então, cedem à invasão de micróbios e vírus que lhes destroem a imunidade, instalando-se, insaciáveis, devoradores.
Certamente, as terapias convencionais ajudam na recuperação da saúde, na sua relativa manutenção.
Todavia, somente os fatores internos que respondem pelo comportamento emocional e social podem criar as condições permanentes de bem-estar, erradicando as causas penosas e promovendo o equilíbrio estrutural do ser.
Encobrir uma ferida não impede que ela permaneça decompondo a área, na qual se encontra instalada.
Jesus sintetizou no amor a força poderosa para a anulação das causas infelizes do sofrimento e para a sua compensação pelo bem.
Na fé, a canalização de todas as possibilidades psíquicas alterando a ação das forças habituais.
A fé tudo pode, pois aciona inexplorados mecanismos íntimos do homem, geradores de forças não utilizadas, modificando por completo a paisagem interna e, posteriormente, a paisagem externa do ser.
É na transformação moral do indivíduo para melhor e na ação da caridade que a cura se processa e o sofrimento se dilui, cedendo lugar à paz e ao equilíbrio psicofísico.
Redação do Momento Espírita, com base em texto explicativo
do livro Saúde espiritual, de Alírio de Cerqueira Filho, ed. EBM
e no cap. VIII do livro Plenitude, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 3.8.2024.
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