Bertrand Russel, um dos maiores filósofos do século XX, convidado a deixar uma mensagem para o futuro, em 1959, afirmou:
O conselho moral que gostaria de dar é muito simples: o amor é sábio e o ódio é tolo. Neste mundo que está cada vez mais interconectado, nós temos que aprender a tolerar uns aos outros, temos que aceitar o fato de que algumas pessoas dizem coisas que não gostamos.
Nós só podemos viver juntos dessa forma. Se desejamos viver juntos e não morrer juntos temos que aprender uma forma de caridade, um tipo de tolerância, que é absolutamente vital para a continuidade da vida neste planeta.
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Cada um chega ao amor à sua maneira. Mas todos, inevitavelmente, chegaremos a ele.
Cientistas, filósofos, religiosos e céticos todos acabam encontrando o amor em algum momento de seus caminhos.
Talvez alguns não queiram vínculo com as religiões e até utilizem outros nomes, criem outras máximas, escrevam novas teorias.
Porém, no fundo, sempre voltaremos à mesma ideia de fazer ao outro aquilo que gostaríamos que o outro nos fizesse.
Podemos dar voltas e voltas. Acabamos retornando à ideia fundamental da doação, do sacrifício pelo próximo, que não nos faz menores ou escravos.
Faz-nos mais vivos e maiores do que nunca!
O amor é sábio realmente. Ele só nos traz benefícios. Sempre será a melhor escolha. Talvez não se apresente num primeiro instante. Mas as grandes escolhas são assim mesmo.
O ódio é tolo, é frágil. É uma armadilha que, num primeiro momento, parece nos dar algum tipo de energia, de força. Contudo, cobra um preço muito caro por isso.
O ódio escraviza, adoece, desestabiliza.
Numa conversa particular com Jesus, conhecido fariseu lhe falou sobre as dificuldades de lidar com a ideia de um amor irrestrito, inclusive a quem fere, a quem faz o mal.
Disse-lhe o Mestre:
O amor reabilita moralmente o caído, oferecendo-lhe os recursos para a própria recuperação, após a qual reparará os males praticados e seguirá além, abençoando as vidas pelo caminho, com os tesouros da sua boa vontade, graças à consciência dos novos deveres.
Quando o amor penetrar o íntimo dos homens, o ódio, que é a doença do egoísmo, cederá lugar à fraternidade e à compreensão...
Não apenas as palavras de Jesus, também a Sua vida, são prova de que o amor é grande, o amor é sábio.
Jamais se deixou abalar com as investidas do ódio e da incompreensão.
Ele foi capaz de entender a ignorância daqueles que veio ensinar, daqueles que amou profundamente. E que por fraqueza, O abandonaram.
Seu amor foi tão grande que não desistiu mesmo depois da partida, retornando e reacendendo a fé no coração dos que se haviam comprometido com Ele.
Foi então que eles começaram a entender o tamanho desse amor.
Entendamos de uma vez por todas: somente com esse tipo de caridade, com esse tipo de tolerância, vamos conseguir sobreviver neste mundo de tantos desafios.
Encontremos a nossa forma de amar e sigamos confiantes.
O amor é sábio, o ódio é tolo.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 8, do livro
Pelos caminhos de Jesus, pelo Espírito Amélia Rodrigues,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 2.8.2024.
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