Certamente já ouvimos falar a respeito das profissões de prático e de faroleiro.
O prático é uma espécie de manobrista das grandes embarcações nos portos, garantindo o aportamento ou a saída em segurança dos navios para o mar aberto.
Diferentemente do comandante do navio, que conhece os perigos do alto-mar, o prático conhece a natureza do porto em que opera.
Sabe onde estão localizados os bancos de areia, conhece as condições dos ventos e das marés e outros fatores que poderiam colocar em risco a embarcação.
Ele atua como um maestro, monitorando o tráfego ao redor da embarcação que está orientando, combinando o cruzamento com outros barcos, dando ordens ao timoneiro, rebocadores e o comandante do navio.
Por sua vez, o faroleiro é o responsável por manter acesas as luzes de emergência dos faróis durante todo o tempo.
Os faróis são mantidos por todas as nações devido à sua importância para a navegação.
Nas horas de nevoeiros e de tempestades, além do farol, soam sirenes para orientar os marinheiros, facilitando o tráfego e evitando que os navios se choquem com os arrecifes e rochedos nas rotas de navegação.
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Se a nossa sociedade imperfeita toma precauções para evitar que naufrague uma embarcação, menos não faz Deus, para garantir o sucesso dos nossos projetos de aperfeiçoamento em existências sucessivas.
Para isso, Ele nos oferece, como primeiros práticos, pais amorosos, que tutelam a nossa vida, usando sua experiência e os anos de lida nos vastos mares da vida, que os credenciam a essa tarefa.
Eles guiam nossos passos com segurança para o porto das realizações necessárias ao nosso progresso, como o prático guia a embarcação, evitando, por meio de conselhos e da sua experiência, que a nossa empreitada naufrague.
Como outros práticos, temos os mestres e amigos, que também nos cercam de cuidados na solução dos problemas imediatos que nos acometam.
E quem será o faroleiro?
Esse é o nosso anjo guardião que, incansável, ajuda-nos nos desafios da vida a manter acesa a luz da fé, nunca se afastando de nós, especialmente nos momentos tormentosos.
Ilumina nossa jornada com as claridades dos seus conselhos sutis, mas constantes. Se adentramos os nevoeiros do orgulho, do egoísmo ou da vaidade, ele faz soar a sirene da consciência.
Ouvindo-o, evitaremos avançar sobre os rochedos da dor, da desesperança e da aflição, pois ele sempre nos guiará pelas rotas seguras que levam ao porto da felicidade.
Finalmente, como nosso farol, de intensa e persistente luz, é o Evangelho que nos legou o Mestre de Nazaré.
Como a luz do mundo, Ele nos deixou Suas orientações precisas, a carta náutica, essencial para que não venhamos a naufragar nos mares tormentosos da vida.
É dessa maneira, com atenção ao prático, ao faroleiro, ao farol, que teremos todas as possibilidades de atracar no porto seguro da felicidade.
Atentos a todo esse auxílio, haveremos de conduzir a embarcação de nossa existência com sucesso alcançando as margens felizes da Espiritualidade vitoriosa.
Redação do Momento Espírita
Em 1º.8.2024
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