Minha amiga: o jardim do mundo continua repleto de possibilidades divinas, mas nem sempre conseguimos colher as rosas de nossa plantação.
Normalmente, é imprescindível saber aguardar.
A Terra da experiência é sempre a mesma, onde nossas esperanças foram semeadas um dia, para recebermos, hoje, a fé que nos revigora os corações.
Tenhamos paciência e bom ânimo.
A mais santa qualidade do amor é a de saber esperar sem desesperar.
Nossos filhos são sempre os mais lindos rebentos da árvore de nosso ideal.
Entretanto, não lhes formamos a vida terrestre para nós.
À maneira do escultor que transforma a argila informe em vaso de valor inapreciável para servir no mundo, pela graça de Deus, assumimos o papel de mães, na vida que nos pede os filhos do coração para que integrem as legiões da glória de Deus.
Maria não recebeu Jesus para se orgulhar dEle, como se o nosso divino Mestre fosse uma orquídea celestial, a nutrir-se, invariavelmente, da seiva de Sua alma sublime.
Ela O preparou para a Humanidade, entregando, aos homens, um berço de luz na manjedoura e recebendo, em retribuição, o madeiro escuro da morte.
Saibamos, pois, superar nossas mágoas e indecisões com a certeza de que Deus segue conosco, acima e além de todos os espinheiros de dificuldades que se apresentem.
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É natural o desejo dos pais de querer vislumbrar, o quanto antes, de preferência ainda nesta encarnação, o êxito e a felicidade dos filhos.
O amor nos ensina a querer o bem de quem amamos, nos ensina a pensar nos outros antes mesmo de pensar em nós.
No entanto, o amor imortal também nos ensina a paciência.
O amor é uma semeadura. Semear já nos deve fazer felizes.
A colheita é uma certeza, mas tudo em seu tempo. E cada um tem o seu tempo sempre diferente daquele que achamos que deveria ser.
Não temos condições de abranger a complexidade do íntimo da alma de cada um, suas multiexperiências na carne, seus compromissos, suas tendências e as forças de cada uma delas. Somente o Pai Criador tem essas condições.
Por isso mesmo, em breve análise, podemos perceber na família, que o que funcionou muito bem com Pedro não necessariamente funcionará com Isabel.
E o que Juliana precisa receber dos pais é bem diferente do que necessita João.
Paciência. Se estamos garantindo a semeadura, com tudo aquilo que podemos e sabemos neste momento, asserenemos a alma.
Confiemos: tudo vai dar certo.
Talvez não no tempo que imaginamos, na velocidade que queremos. Talvez não agora mas daqui alguns anos.
Chegará o momento. Importante é que façamos parte de um processo belíssimo de talhar uma alma em evolução, junto com nosso Pai Maior.
Tenhamos paciência, como mães e pais. Os bons Espíritos estão com todos aqueles que nos propomos a missões importantes como essas.
Não esmoreçamos. Não nos sintamos incapazes apenas por não enxergarmos resultados imediatos.
Jesus tem semeado há milênios... E jamais desistirá de nenhum de nós.
Não desistamos nós.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Do lar
para o mundo, do livro Relicário de Luz, por Espíritos
diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
ed. FEB.
Em 24.7.2024
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