Bastante comum na atualidade a comemoração de aniversários de pessoas ou de instituições.
Isso nos leva a indagarmos quando e como tudo isso começou.
A História registra celebrações de aniversários no Egito antigo, mais ou menos 3.000 anos a.C.
Os merecedores eram somente os faraós, considerados deuses na Terra.
Já entre os gregos antigos encontramos celebrações que tinham seu foco nos deuses. Para a deusa Ártemis, todo mês, eram feitas oferendas de bolos redondos com velas.
Acreditavam eles que as velas afastavam os maus Espíritos e protegiam o aniversariante.
Para os romanos, o dies natalis era lembrado como o dia de prosperidade.
Cidadãos comuns o comemoravam, e havia oferendas, banquetes e jogos.
Encontramos a tradição da comemoração de aniversários se estendendo pelo mundo todo, a partir do século XIX.
Com certeza, é justo comemorarmos mais um ano de vida, mais trezentos e sessenta e cinco dias vividos sobre a Terra.
Alguns dizem que não gostam de comemorações. Cremos que tudo depende de que forma é celebrada essa vitória da vida.
É um costume digno de elogio, sem a menor dúvida. Reunir familiares e amigos, fortalecer laços e criar memórias.
Raros não se emocionam nessas datas. Frequentemente, alguns se candidatam para preparar a comemoração, imaginar surpresas, confeccionar enfeites, comprar presentes, arranjar local.
São as tais festas surpresa onde alegria, risos, abraços, tudo acontece simultaneamente, em nome do especial momento.
Se a felicidade nos faz sorrir nessas ocasiões, importante que tenhamos um espaço, por menor que seja, para avaliar os feitos alcançados ao longo desse período, recém-encerrado.
Que fizemos para enriquecer a nossa e a vida dos que nos cercam?
Que benefícios proporcionamos? Em quais áreas do conhecimento melhoramos, desenvolvemos virtudes?
Se partíssemos hoje, como seríamos lembrados? Quem ajudamos? Será que cuidamos de nós mesmos?
As verdadeiras comemorações deveriam estar lastreadas por bons atos, boas obras. Não sendo assim, apenas existimos por mais um ano, de forma irracional, semelhante aos integrantes dos reinos vegetal e animal.
Muito justa a comemoração simples ou um pouco mais ampla, sem exageros, no entanto.
O momento é de celebrar a vida, agradecer a Deus pela existência e formular propósitos para o período que se inicia.
Que faremos nos próximos dias, nos próximos meses? Serviremos mais? Estaremos mais com nossos familiares, desfrutando-lhes da companhia, do aconchego?
Permitiremos que um outro filho de Deus renasça entre nós? Cuidaremos das flores do jardim de nossa casa íntima?
Melhoraremos nosso relacionamento com o mundo?
Pensemos a respeito, enquanto apagamos as velas do bolo, enquanto estouramos balões festivos, enquanto dividimos um lanche saboroso com quem nos estima.
E que esse dia seja um exercício para aprendermos a repartir mais tudo que temos: conhecimento, sentimentos, pequenos bens materiais.
Pensemos a respeito. Hoje é o dia.
Redação do Momento Espírita, com base no artigo
Comemorações, aniversários, dias festivos, de
Rogério Miguez, publicado no Jornal Mundo Espírita,
de maio de 2024, ed. FEP.
Em 25.6.2024
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