Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Quando seremos do Cristo?

Desde recuados tempos, em nossa relação com o Divino, nos servimos de formalismos e de rituais.

Espíritos criados simples e ignorantes, evoluímos na compreensão do Criador em etapas demoradas, lentas, como quem vai subindo uma imensa escada, degrau a degrau.

Muitos de nós, ainda nos dias em que vivemos, avançamos e parecemos recuar no entendimento de Deus Pai, como fazem as ondas do mar ao influxo das fases da lua.

Quando recém-saídos das mãos do Criador, nos entregamos aos instintos cruéis do animal que vivia em nós, o nosso senso moral se achava incipiente, como uma semente que ensaia germinar.

Do temor dos fenômenos da natureza, com seus raios, trovões, erupções vulcânicas e chuvas torrenciais engendramos a ideia de muitos deuses, responsáveis por tudo isso, aos quais deveríamos prestar culto, para acalmar suas reações de ira.

Mais adiante, abraçamos o monoteísmo, a crença em um Deus único, embora ainda o tenhamos concebido como nós, ou seja, com nossos defeitos e qualidades.

Exatamente como nós, sujeito a ciúmes, a preferências a um povo. Um Ser vingativo e colérico. Continuamos a temê-lO.

Então veio Jesus, pessoalmente, abandonando Sua morada de luz para nos apresentar Deus como o Pai amoroso e bom, que ama a todos os Seus filhos, sem distinção.

Falou-nos do Pai que atende as súplicas dos Seus filhos, que é misericordioso, que perdoa as faltas dos que ainda nos encontramos em lento processo evolutivo.

Enalteceu tanto essa misericórdia que, em plena agonia, na cruz, rogou perdão por todos os que haviam cometido tanta maldade para com Ele, dizendo: Vai, perdoa-os, eles não sabem o que fazem.

As falas sábias do Mestre de Nazaré, contudo, ainda não calaram profundamente em nossas mentes e corações.

Alguns de nós persistimos mais em buscar a Divindade no exterior, quando o Galileu afirmou que o Pai dos céus deveria ser adorado em Espírito e Verdade, no altar do próprio coração.

Também nos alertou que o reino de Deus não tem aparências exteriores. O reino de Deus está no coração de cada um dos Seus filhos, está dentro de nós.

Que glória extraordinária!

Mas, ainda nos mantemos distantes desse entendimento.

Ainda nos preocupamos em dizer palavras bonitas, elaboradas, quando convidados a orar. No entanto, o diálogo entre um pai e seus filhos é de confiança, é um desnudar da alma que simplesmente se aconchega e pede ajuda.

E, reconhecendo a grandeza do amor, louva e agradece por todas as bênçãos recebidas.

* *  *

Se queremos ser do Cristo, busquemos seguir Seu exemplo, com bom entendimento das Suas palavras.

Ele se dirigia ao Pai, no silêncio da noite, a sós. Aguardando Sua prisão, suplício e morte, Ele se entrega totalmente em prece, finalizando com Cumpra-se a Tua vontade.

Sábio ensino que deveríamos abraçar para melhor vivermos as nossas vidas, com essa certeza de que o Pai vela por nós, que Jesus nos guarda e que o nosso destino é a perfeição.

Pensemos a respeito.

Redação do Momento Espírita
Em 13.5.2024

 

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