Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Os pensamentos maus

Por vezes, somos assombrados por pensamentos que qualificamos como maus e nos perguntamos: De onde surgem?

Quase sempre de nossa própria imperfeição. Também podemos estar recebendo influências de Espíritos que nos rodeiam.

Lembramos que o Apóstolo Paulo alertava que estamos rodeados por uma nuvem de testemunhas.

De toda forma, mesmo que um pensamento nos tenha sido sugerido, seja por alguém encarnado ou por um ser que se encontre no plano espiritual, no final das contas, o filtro somos nós.

Nossa inferioridade ou elevação, nossos vícios ou virtudes serão a peneira que deixará ou não passar para o mundo real aquilo que nos seja sugerido.

Quem decide se aquela palavra será dita ou não, quem decide se tal ação será praticada ou não somos sempre nós.

Não há influência irresistível.

Somos facilmente influenciáveis, é verdade, pois ainda somos fracos, pouco donos de nossas próprias ideias, convicções e princípios.

Vejamos como as notícias nos influenciam. Basta que observemos como meros boatos mexem conosco a ponto de mudarem nosso sentimento a respeito de algo ou alguém.

Por vezes, somos marionetes. Não temos opinião própria. Basta alguém um pouco mais hábil com as palavras ou argumentos, e lá vamos nós, ecoando junto.

Se isso ocorre no plano material, em nosso dia a dia, no ambiente de trabalho, na família, também acontece no mundo dos Espíritos, no qual estamos mergulhados completamente.

Convivemos com os Espíritos diariamente. Os dois mundos, se assim quisermos dizer, vivem em constante troca, em constante comunicação.

Como então selecionar as boas influências? Aquelas que nos fazem bem? Como selecionar os bons pensamentos?

Essa regra vale para a convivência na sociedade carnal como para o intercâmbio com os Espíritos. O que nos cabe é observar a natureza do que nos seja sugerido.

Se o pensamento nos afasta da caridade, quando tem por princípio o orgulho, a vaidade ou o egoísmo, quando sua realização pode causar qualquer prejuízo a outrem, é sinal claro de que se trata de um pensamento ruim, que não devemos alimentar.

Todas as ideias que nos ocorrem, principalmente aquelas estranhas, que claramente não parecem terem vindo de nós, analisemos:

O que essa ideia pretende? Quer o bem de todos? Ou apenas o nosso? Quer resolver um problema ou apenas colocar lenha na fogueira? Quer conciliar ou causar mais confusão?

Não nos permitamos ser agentes, fantoches de outros.

Prestemos atenção nas ideias, nas palavras, no sentido das coisas. Por vezes, algo pequeno se torna exagerado por descuido, por fragilidade nossa e por prazer daqueles que adoram ver conflitos.

Cuidemos dos pensamentos. Conversemos conosco. Conversemos com nosso Espírito protetor, inquirindo sobre os conteúdos que andam se infiltrando em nosso pensar.

Ideias que nos ocorrem quase sempre e não fazem muito sentido.

Conversemos com alguém a respeito. Ouçamos outras opiniões e, por fim, oremos. A oração é um verdadeiro banho de água límpida para a mente poluída.

Pensemos melhor hoje. Pensemos bem.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. XXVIII,
 item 20, do livro
O Evangelho segundo o Espiritismo,
de Allan Kardec, ed. FEB.
Em 23.4.2024.

 

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