Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone O solo do nosso coração está preparado?

E o semeador saiu a semear...

Com estas palavras, o Divino Amigo inicia mais uma parábola, a do Semeador, e nos convida a pensarmos na qualidade do solo do nosso próprio coração.

Isso porque a grande semeadura se faz no coração das gentes.

A parábola nos fala de vários tipos de solo que recebem as sementes, que são sempre de alta qualidade.

Contudo, depende do solo que alcançam para produzirem ou não.

Há o solo da beira do caminho, o solo pedregoso, o solo tomado de espinheiros e o solo fértil, generoso, no qual elas germinam e produzem frutos.

As sementes da parábola são os ensinamentos trazidos pelo Mestre de Nazaré.

O solo em que caem são os nossos corações. Alguns trazemos a intimidade voltada somente para os interesses materiais. É o solo da beira do caminho, em que as sementes são devoradas pelas aves. As aves da nossa indiferença.

Outros de nós até absorvemos as sementes e lhes permitimos uma rápida germinação, porém, logo sufocada por interesses diversos que nos atraem.

São os espinheiros da nossa vaidade, do nosso egoísmo exacerbado, do nosso orgulho.

É de nos perguntarmos como está o solo dos nossos corações.

Está preparado para receber a boa semente?

O Nazareno prossegue, sempre, a Sua semeadura. Retorna todas as manhãs para o trabalho de amor que se propõe, como Pastor das nossas almas.

Com Ele, outros tantos se tornam semeadores. São irmãos de boa vontade, nos dois planos da vida, que vêm em nosso socorro.

É nosso anjo de guarda, são os amigos, os familiares ou os colegas de trabalho, com os quais estamos em jornada redentora.

Eles nos oferecem as sementes dos bons conselhos, exemplos de atitudes de homens de bem.

Sementes também nos chegam através de livros e periódicos, das artes nobres, de palestras e outro sem-número de meios.

Por isso, da mesma maneira que o agricultor previdente deixa o solo preparado para o plantio, por não saber quando vem a chuva, é necessário que também tenhamos o solo dos corações carpidos e adubados para receber as sementes benditas das lições evangélicas.

Preparar o solo significa combater as ervas daninhas do orgulho e do egoísmo, da secura da ingratidão, dos espinheiros do ódio, do fogo do ciúme e da presunção da vaidade, dentre os muitos maus sentimentos que ainda são senhores da nossa alma.

Aqueles que não aproveitamos as lições que nos chegam, por acréscimo da misericórdia divina, seremos visitados, mais cedo ou mais tarde, pelo anjo da angústia, a fim de que despertemos para o bom cultivo.

O Mestre nos convida e aguarda o nosso esforço e boa vontade para que o mensageiro da hora não nos encontre dormindo o sono da indiferença.

O semeador saiu a semear... Palavras que ressoam na acústica da nossa alma.

Quando lhes daremos atenção?

Se já temos olhos de ver e ouvidos de ouvir, preparemos o nosso solo interior, permitindo que a semente da Boa Nova germine, floresça e se converta em frutos de amor e fraternidade.

O semeador saiu a semear. Estejamos prontos.

O mundo necessita de frutos de paz, de amor, de boa vontade, de entendimento de uns para com os outros.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 25,
 do livro
Pão Nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia
 de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 18.4.2024

 

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