Escolha, simplesmente escolha: a dor da disciplina ou a do arrependimento.
A afirmação é forte, é dura, mas há situações em que precisamos de certo tratamento de choque.
Alguém chega para a consulta médica e ouve a expressão clara do profissional: Ou o senhor ou a senhora muda seus hábitos ou não terá mais muitos anos de vida.
Em outras situações pode vir a advertência: Ou você passa a ter hábitos mais saudáveis de vida, ou voltará a adoecer seriamente.
São alguns exemplos do que seria, na prática, essa escolha: a dor da disciplina ou a dor do arrependimento.
Talvez a palavra dor, neste contexto, nos assuste, porém vejamos que todo investimento em disciplina inicialmente nos traz certo inconveniente, um certo sacrifício.
Sair da inércia, mudar um hábito, por vezes, de décadas, exige um esforço grande.
Abandonar um modo de viver desequilibrado, passando a nos vigiarmos, diariamente, é um trabalho cansativo. Muitos começamos e logo desistimos.
Por isso, a importância da disciplina, que nos coloca num sistema, num método de repetição e de verificação sistemáticos.
A disciplina é que nos faz anotar metas no tempo, por exemplo, quando nos propomos a perder peso durante um processo de mudança de hábitos alimentares e de abandono do sedentarismo.
De que maneira mudaremos nosso ritmo de vida? Que alimentos vamos incluir, lentamente, em nossa dieta? E quais poderemos reduzir ou eliminar o consumo, dia após dia, de maneira que dentro de seis meses ou um ano possamos perceber alguma mudança em nós?
É trabalho da disciplina.
Quanto à dor do arrependimento, todos a conhecemos bem.
Se eu tivesse me esforçado... Se eu tivesse feito o que o médico recomendou... Se eu tivesse cuidado melhor de mim...
São algumas das frases que ouvimos da nossa consciência depois que as coisas saem dos trilhos e parece não ter mais jeito.
Alguns de nós só entenderemos que o esforço da disciplina vale a pena, depois de um grande susto. Ou depois que não há mais tempo para refazer o caminho, nesta encarnação.
E isso não diz respeito apenas a hábitos relacionados ao corpo. Vale também para todos os que dizem respeito à alma.
Quantas decisões postergamos durante a existência, por preguiça, por acreditarmos que daria muito trabalho. E acabamos abdicando de realizações importantes.
Chegamos ao final da vida e lá vem o sentimento de arrependimento batendo forte.
Poderíamos ter empregado disciplina para vigiar nossos pensamentos. Disciplina para ter cuidado melhor das relações mais próximas. Disciplina para ter estudado mais e aproveitado tantas preciosas oportunidades...
Quantos adentraremos o mundo dos Espíritos, no entardecer da encarnacão, colecionando arrependimentos.
Vejamos que sempre foram escolhas: disciplina ou arrependimento.
Ainda são. A cada um de nós compete fazer algumas. Pensemos bem nisso. Pensemos se não vale o esforço, se não vale o investimento, desde agora, desde já.
Uma vez mais disciplinados e conquistando essa virtude, com certeza a dor poderá nos chegar bem mais suave.
Que tal fazermos hoje a nossa melhor escolha?
Redação do Momento Espírita
Em 4.4.2024.
Escute o áudio deste texto