Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Envelhecimento jovial

O orador visitava a França, como o fazia há mais de trinta anos, em jornada doutrinária.

Naquela oportunidade, encontrava-se em Lyon porque fora convidado por um professor de Antropologia a proferir uma conferência, na Universidade da Terceira Idade.

A temática proposta foi a reencarnação à luz da Antropologia.

Com sua tradutora francesa, uma brasileira que residia em Paris, há mais de três décadas, ele compareceu.

Ao chegar ao auditório, contemplou o público que o aguardava e, nos seus sessenta e dois anos de idade, concluiu que ele era um dos mais jovens.

Exceção, é claro, de sua tradutora, ainda mais jovem.

Ao concluir a conferência, ficou à disposição para responder a inúmeras perguntas.

Finalmente, quando encerrou, um grupo de pessoas veio ao seu encontro.

Dentre elas, uma senhora sorridente, tipicamente francesa, que o cumprimentou, dizendo ter apreciado muito a sua fala.

No diálogo, sempre com auxílio da tradutora, a senhora disse ter oitenta e um anos.

O orador deduziu que ela deveria ter uns cinco anos a mais.

Ela, muito jovial, começou a falar das suas conquistas. Afirmou que cursara quatro anos de Antropologia. Faltavam-lhe ainda três anos.

Pelos cálculos do orador, ela deveria concluir o curso em torno dos seus oitenta e nove anos.

Por isso, arriscou a pergunta: E a senhora pretende exercer depois de se formar?

Ela pareceu quase ofendida com a questão:  Mas é claro! Eu não iria estudar sete anos para depois não exercer a profissão.

Percebendo-lhe o entusiasmo, ele ainda continuou: Vamos imaginar uma coisa absurda que, certamente, não vai acontecer. Mas, na lei das probabilidades, vamos imaginar a possibilidade de a senhora morrer antes.

Ela o olhou, sempre jovial, e disse:  Se eu morrer antes, na próxima encarnação eu já virei antropóloga.

Ela havia entendido mais ou menos a proposta da reencarnação. Proposta de que tudo que se aprende nos constitui conquista e poderemos, em próxima jornada reencarnatória, ter aflorados conteúdos aprendidos.

De toda forma, o orador olhou para aquela mulher lúcida, vibrante, pensando em sua nova profissão, aquela mente notável, e pensou como é importante a pessoa não se abater porque os anos se somam em sua existência.

*   *   *

Quantos nos permitimos estagnar, parar no tempo, com o avançar dos anos.

Dizemos que a memória não ajuda, que já não somos jovens.

No entanto, a leitura e o estudo são atividades que promovem o estímulo cerebral, o que é essencial para o envelhecimento saudável.

O cérebro é um órgão plástico, que pode se adaptar e se modificar ao longo da vida.

A leitura e o estudo estimulam a formação de novas conexões neurais, o que melhora o funcionamento cerebral e ajuda a prevenir o declínio cognitivo.

Isso significa melhoria da memória, da concentração, do vocabulário, da criatividade. E proteção contra doenças neurodegenerativas, como demência e Alzheimer.

Por isso, estabeleçamos metas de leitura e de estudo, atividades prazerosas que podem fazer a diferença na qualidade de vida no envelhecimento.

Redação do Momento Espírita
Em 29.3.2024

 

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