Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone O Homem que dividiu a História

Ele foi em tudo diferente do comum dos homens.

Assinalou Sua chegada de uma maneira que ninguém mais o fez, em todos os séculos.

Hoje, os nascimentos são anunciados pelas redes sociais, pelos pais, pelos familiares, pelos amigos que compartilham da mesma alegria.

Aquela família estava bem longe dos familiares. Cerca de duzentos e dez quilômetros.

O casal havia chegado à cidade obedecendo ao recenseamento decretado pelo Imperador César Augusto.

A mulher estava nos dias finais da gestação e, por não haverem feito reserva prévia em nenhuma das estalagens, o casal precisou se servir da compaixão de um estalajadeiro que lhes ofereceu um abrigo do qual se utilizava para guardar seus animais.

Ali Ele nasceu. Seus pais amorosos O envolveram em panos, providenciaram-lhe um berço acolhedor, feito de palha, na manjedoura.

Por Sua vez, o Pai Celestial providenciou que funcionassem as redes sociais universais.

Por isso, estabeleceu que uma plêiade de Espíritos superiores se unisse e formasse uma estrela de intenso brilho para anunciar, a quem tivesse olhos de ver, que o Rei havia chegado à Terra.

O Governador planetário, cumprindo a promessa que fizera, há milênios, aos Espíritos exilados de um dos planetas do Sistema de Capela, encarnara entre os homens.

O Pastor chegara para as Suas ovelhas.

Por isso, o primeiro anúncio foi feito a eles, no campo.

Um mensageiro lhes veio dizer que trazia uma notícia de grande alegria para todo o povo: Nascera na cidade de Davi o Salvador, o Cristo, o Senhor!

As primeiras visitas para Aquele Menino foram, portanto, pastores que estavam no campo.

Lição de solidariedade: Ele nascera longe da cidade de Seus pais, Nazaré, na Galileia.

Sem familiares próximos, recebeu a solidariedade de estranhos desconhecidos.

Mas, o Pai Celestial enviou, ainda, um coro angelical para que os corações que tivessem ouvidos de ouvir pudessem acolher Sua mensagem: Glória a Deus no mais alto dos céus, paz na Terra para os homens de boa vontade.

Então, sábios de longínquas terras chegaram à procura do Rei que nascera.

Encontraram o Menino e Sua mãe, em uma casa, e O adoraram.

O saber do mundo, aqueles que eram considerados os sábios da época, que detinham o conhecimento para a cura dos males da alma e do corpo, vieram depor aos pés dEle as suas dádivas: ouro, incenso e mirra.

A sabedoria do mundo reconhecia a sabedoria maior. O Mestre estava no mundo.

E, presenteando-O com ouro, expressam a reverência a um Rei.

Na dádiva do incenso, reconhecem Sua grandeza espiritual, desde que essa substância era de uso nos cultos religiosos.

E, com a mirra, afirmam a Sua humanidade, Sua morte sacrificial.

Utilizada como medicamento, como narcótico para amenizar dores, também para embalsamar os corpos, ela estará presente no sacrifício da cruz.

Nenhuma personalidade, por mais tenha sido grande ou sábia, teve registros de fatos tão peculiares, desde os primeiros instantes na Terra.

Ninguém, pela grandeza incomum, conseguiu dividir a História entre antes e depois de si mesmo.

Somente Ele, o Mestre: Jesus de Nazaré.

Redação do Momento Espírita
Em 19.3.2024

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998