Nas anotações do Novo Testamento, o Evangelista Lucas registrou que, após o episódio em Jerusalém em que Jesus extasiara aos doutores da lei com Sua sabedoria, Ele Se retirou para Nazaré com Seus pais, Maria e José.
Em seguida ele escreve: ...e Jesus crescia em sabedoria, idade e graça, diante de Deus e dos homens.
Crescer é uma preocupação humana. Quando uma criança nasce, logo os pais passam a se preocupar com seu saudável desenvolvimento.
Esmeram-se em dietas alimentares, procurando balancear proteínas, vitaminas e sais minerais, de forma que nada falte ao pimpolho.
Produtos sem agrotóxicos, sem conservantes. Consultam especialistas para ver se tudo está em ordem. Se ele cresce de forma regular, se o peso está correto.
E tão logo possam, o colocam na escola para que se instrua e aprenda muitas coisas.
Quando casais jovens se encontram, não é raro se observar um quase duelo em que cada qual procura mostrar como o seu filho é mais inteligente do que o filho do outro.
Se o filho se interessa por esportes ou se destaca nas artes, para logo investem os pais tudo o que podem, sem medir esforços, por vezes esquecendo até que estão tratando com uma criança.
O conceito é de genialidade, de insuperável, de melhor.
Crescer é, enfim, o objetivo do ser humano. Crescer fisicamente, crescer no intelecto, amadurecer.
Um detalhe, neste contexto, não deve ser esquecido: o de que o filho é um Espírito reencarnado.
E, como Espírito, necessita também, e muito, das coisas espirituais.
Desde cedo, ensinemos aos nossos filhos sobre a existência de Deus, de Jesus, dos objetivos da vida.
Trabalhemos os valores morais, aprimorando-lhes o caráter. Ensinemo-lhes a serem verdadeiros, honestos, corajosos. A utilizarem da bondade para com os menos favorecidos da sociedade, a perdoarem, a compreenderem.
Muito mais do que homens intelectuais, o mundo necessita de homens sábios, o que equivale a dizer, criaturas que utilizem os seus conhecimentos para o bem da comunidade.
Homens que vejam nos outros homens seus irmãos e assim os tratem.
Homens que saibam que estão passando pela Terra, numa rápida viagem de aprendizado.
Que logo mais retornarão à pátria verdadeira, ao mundo invisível e deverão aprontar sua bagagem que se deve constituir de algo mais além de medalhas conquistadas no esporte, aplausos conseguidos na sociedade, troféus angariados por seus esforços.
Devem levar dentro d'alma brilhando, como pérolas preciosas, as boas ações que realizaram, as virtudes que adquiriram e o amor que exercitaram.
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A alma humana pode ser comparada a um solo a ser cultivado. Como agricultores atenciosos, cabe-nos zelar pela produtividade do jardim e do pomar das almas dos nossos filhos.
Preparar a terra do coração, revolver os canteiros da mente, semear as boas sementes é nosso dever.
Florescer, perfumar e frutificar é a parte que compete aos Espíritos que nos são confiados, como filhos.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 20, ed. FEP.
Em 24.2.2024.