Todos vivemos, vez ou outra, dias particularmente difíceis.
Normalmente, eles transcorrem no seu ritmo, com pequenos problemas que se sucedem e são prontamente resolvidos.
É o nosso cotidiano de acordar cedo, arrumar as crianças, ir ao trabalho, ao supermercado, acertar as finanças... É a vida a transcorrer sem mais complicadas demandas.
Porém, em certas épocas, a vida se mostra desafiadora.
O que era tranquilo e estável parece esvair-se em nossas mãos.
Sem que nenhum sinal houvéssemos percebido, o cônjuge decide romper a relação, surpreendendo-nos.
E o que parecia consistente e feliz se desfaz de maneira repentina.
Os genitores, que seguiam a sua velhice tranquilos e saudáveis, sofrem algum transtorno físico, que os deixa limitados, dependentes.
A saúde, que tínhamos como sólida e plena, padece transtornos, exigindo-nos demandas que nem imaginávamos.
O trabalho, nossa segurança financeira e esteio material da família, desaparece frente a uma demissão inesperada.
E, com ela, vão embora a rotina do trabalho e a convivência com os colegas.
Todos nós passamos por esses momentos desafiadores, nos quais o equilíbrio e a tranquilidade dão espaço ao incerto e às preocupações.
O coração passa a conviver com a incerteza, com o medo, com a insegurança do amanhã.
Esses são dias em que devemos exercitar o aprendizado, virtudes adormecidas, acionar capacidades latentes, atendendo, dessa forma, às exigências que se apresentam.
Tenhamos certeza de que esses dias não irão durar para sempre.
Terão o prazo estipulado pela Providência Divina, de acordo com o necessário para nosso aprendizado, a intensidade de nossa capacidade emocional.
Nunca as dificuldades assomarão nosso caminho ao acaso, tampouco acima do que possamos suportar.
A Providência Divina vela por nós e provê nossas necessidades, enviando-nos o socorro e o alento de que precisamos.
O ditado popular sabiamente nos lembra de que Deus dá o frio conforme o cobertor. Isso assinala que nenhum de nós se encontra desamparado ou desprovido das condições de carregar o fardo que chega.
Se tudo nos parecer demasiado, peçamos o auxílio do nosso anjo de guarda, esse ser espiritual que nos acompanha os passos, conforme designação do Todo-Poderoso.
Tenhamos em mente que não nos encontramos sozinhos na jornada.
Assim, em momentos de dor intensa, de conflitos internos, de sentimentos de desamparo, paremos um pouco.
Tranquilizemos a mente. Guardemo-nos na oração. Busquemos refúgio em Deus, num colóquio íntimo com Ele. Entreguemo-nos aos seus cuidados, rogando para que nos fortaleça.
Deixemos que Ele tome nosso coração e o ouça, detidamente. Aguardemos as horas, os dias, enquanto, a pouco e pouco, a tempestade se asserena, os tropeços são ajustados na estrada.
E sigamos, confiantes, certos de que a vitória nos compete. Todos os filhos de Deus nascemos para sermos vencedores.
Trata-se de uma luz chamada progresso, que nos convoca para o Alto, para os cimos.
Redação do Momento Espírita
Em 23.2.2024
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