Um recurso valioso que se renova, diariamente, é o tempo.
De maneira positiva ou não, está em nossas mãos o destino que desejamos dar a ele.
O cientista, empenhado no labor da pesquisa, dele se servirá para elaborar vacinas, medicamentos, tecnologias e facilidades para o benefício do homem comum.
O professor, dedicado em aprender para ensinar, desenvolverá recursos pedagógicos e capacidades intelectuais diferenciadas para alcançar maior êxito.
Os que optarmos por uma atividade voluntária no bem, usaremos o tempo para o exercício do amor incondicional, ampliando os recursos do coração.
Temos ampla liberdade para nos servirmos como bem entendermos desse precioso recurso. Ele nos é dado. Ele nos pertence.
Se desejamos determinada formação acadêmica, necessitaremos do tempo para o curso superior, para a especialização, o mestrado, o doutorado.
Será o tempo que permitirá que a mágoa, um dia implantada em nosso coração pela ação alheia, possa ser dissolvida e nos sintamos aliviados da sua energia negativa.
Só com o passar do tempo iremos compreendendo as pessoas, tornando-nos menos exigentes a fim de desenvolvermos um olhar de benevolência.
O tempo consegue prodígios em tudo que, um dia, imaginávamos que seria impossível.
Contudo, nenhum de nós conseguirá, nutrindo horas vazias, resultados a médio ou longo prazo.
Nenhuma conquista se fará se não for trabalhada diariamente e construída passo a passo.
Algumas vezes nos enchemos de ansiedade para que tudo esteja pronto e resolvido em poucos instantes.
Em outros momentos, malbaratamos o tempo, preenchendo-o de horas vazias.
Duas atitudes incoerentes aos convites do tempo.
Há um tempo para todas as coisas, conforme lemos no texto bíblico: Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Porém, é necessário que façamos do tempo nosso aliado.
Por isso Jesus, no Sermão do Monte, nos aconselha a bater à porta, com a certeza de que ela se abrirá.
E a buscar para que consigamos encontrar.
É o convite para o uso do tempo de maneira dinâmica, proveitosa, atentos às ações que precisamos executar, às iniciativas que precisamos tomar.
Assim nos aconselhando, o Mestre nos convida ao bom uso das horas.
E será ainda ele que nos lecionará a calma, reduzindo a ansiedade, advertindo para que não nos preocupemos com o amanhã.
De um lado, temos o convite para a utilização do tempo, a fim de colher frutos e angariar conquistas.
De outra banda, o chamado à paciência, no aguardo de respostas e da consolidação de certos planos, que serão concluídos em momento propício.
Este é o desafio do tempo: nem transformá-lo em horas mortas, nem acelerá-lo na ansiedade de tudo querer de forma imediata.
Aproveitemos, dessa maneira, o tempo do hoje para semear as coisas que desejamos colher, um dia.
Aguardemos as semanas, os meses, talvez os anos para a colheita farta dos frutos que estamos semeando.
Redação do Momento Espírita,
com transcrição do cap. 3, vers. 1,
do livro bíblico Eclesiastes.
Em 17.2.2024.
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