Quando Edward Lorentz buscava um modelo matemático para a previsão do tempo, concebeu a teoria do caos, estabelecendo que uma pequena mudança nas condições de qualquer ocorrência pode gerar transformações significativas no futuro.
Ele teve oportunidade de expor sua descoberta em um artigo intitulado Poderia o bater das asas de uma borboleta no Brasil causar um tornado no Texas?
A partir dessa publicação, a teoria do caos ficou conhecida como efeito borboleta.
Em linguagem simples, o efeito borboleta demonstra que todos os fatos da vida estão conectados em uma grande teia de causa e efeito.
Qualquer gesto ou ação, em dado momento, por menor que seja, propaga-se em ondas e causa um grande efeito no futuro.
Pensemos em um rapaz caminhando por um aeroporto e que, repentinamente, agacha-se para amarrar o cadarço do sapato.
Uma moça, que vem logo atrás, com um copo de café quente nas mãos, tropeça nele e derruba a bebida em um piloto que se dirigia para assumir a decolagem de um avião.
Daí em diante, há uma sucessão incontrolável de acontecimentos: o voo daquele piloto atrasa, a jovem é repreendida pelos olhares dos mais próximos, o rapaz perde uma entrevista de emprego.
O bom, nisso tudo, é que o moço, retornando mais cedo para sua casa, encontra com uma jovem, que lhe desperta a atenção.
O resultado é ele se enamorar dela e formarem um casal.
Dessa forma, um caso fortuito, sem prévia conexão com o desencadeamento de eventos posteriores, resultou no encontro de duas almas.
Poderíamos continuar a narrar outros tantos lances paralelos, alterados ou surgidos a partir daquele agachar para amarrar o cadarço do sapato.
Este é o efeito borboleta.
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Transportemos essa teoria para nossas atitudes diárias.
Será que podemos aquilatar o quanto um gesto de carinho pode impactar a vida de alguém?
Possivelmente, já ouvimos relatos de pessoas que estavam a caminho de cometer um desatino, mas, encontrando alguém que lhes deu atenção e as ouviu por breves minutos, desistiram do que planejavam.
Guardemos a certeza de que qualquer atitude nossa tem consequências na vida de outros, sejam eles conhecidos ou alguém que vimos por única vez.
Nossas palavras, faladas ou escritas, marcam profundamente aqueles que as ouvem ou leem. O mesmo acontece com nosso exemplo.
Por isso, quando estivermos nervosos, não nos permitamos discutir, por motivo algum. O que fizermos, enquanto em desequilíbrio, estará impregnado de vibrações negativas, que alcançarão a muitos.
É sábio o dito popular que diz que somos senhores do nosso silêncio e escravos das nossas palavras.
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Todos os seres do Universo estão mergulhados no Hálito Divino, filhos que somos do mesmo Pai e, portanto, irmãos em Humanidade.
Se agimos, falamos e pensamos no bem, disseminamos o bem.
Se propagamos qualquer sentimento em desacordo com a Lei de justiça, amor e caridade, estamos a serviço do mal na criação de ondas de destruição.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita
Em 16.2.2024.
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